O consultor técnico da empresa Safras e Mercados, Gil Barabach, avalia que, até março, a tendência para os preços do álcool anidro (usado na mistura com a gasolina, na proporção de 25%) é permanecer acima do patamar acordado com o governo de R$ 1,05 nas distribuidoras, podendo, inclusive, ocorrer uma alta gradativa em razão do aumento no uso de carros flex (movidos tanto a álcool como à gasolina).

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Em entrevista à Rádio Nacional, ele disse que, no interior de São Paulo, o produto na usina chega a custar R$1,13. No caso do álcool hidratado, segundo ele, já se trabalha com preços entre R$ 1,29 e R$ 1,30, incluindo o imposto.

- Tem muito pouca oferta e a demanda continua aquecida. O preço deve continuar assim em função do carro flex - observou.

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Ele lembrou que um dos compromissos dos usineiros é antecipar a safra. No caso do Paraná, por exemplo, muitas usinas vão começar a moer e produzir álcool a partir de março, enquanto que em São Paulo o produto só deverá aparecer a partir de abril.

- Lembrando que o ano safra do álcool começa em maio, eles estão antecipando um pouco a moagem e a safra para tentar suprir a necessidade. Não vejo a possibilidade de um recuo dos preços antes de abril - reafirmou.

Barabach disse ainda que os usineiros estão querendo a garantia de linhas de crédito para a armazenagem do produto. Com isso, acrescentou, eles acreditam que possa haver uma linha de preços mais harmônica durante todo o ano, evitando as variações excessivas que se verificou em 2005 entre nos períodos de entressafra.