O governo da Alemanha vai esperar o resultado de uma avaliação sobre o programa de ajuda à Grécia - que está sendo feita pelo Banco Central Europeu (BCE), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Comissão Europeia - antes de comentar se algum novo passo é necessário, afirmou neta terça-feira a chanceler Angela Merkel. "Nós só podemos tirar conclusões quando nós conhecermos o resultado" dessa avaliação, disse.
Especialistas do BCE, do FMI e da Comissão Europeia estão na Grécia, onde devem ficar até o final desta semana, para avaliar como estão progredindo as medidas de ajuste determinadas pelo programa de socorro de 110 bilhões de euros oferecido ao país no ano passado. A avaliação vai determinar se o país poderá receber mais uma tranche do empréstimo emergencial.
O comentário de Merkel foi feito depois de uma fonte do governo grego afirmar que a Grécia espera obter um novo pacote de ajuda de quase 60 bilhões de euros no próximo mês. "Nós precisamos saber o que os resultados (da avaliação) nos mostrarão. Apenas depois disso poderemos decidir o que ou se alguma coisa precisará ser feita", declarou a chanceler alemã.
Perguntada sobre possíveis novas medidas de ajuste, Merkel afirmou que não faria um favor à Grécia se começasse a especular sobre isso. "A Grécia vem realizando muitas reformas. Esses foram passos corajosos dados pelo governo grego", comentou.
A chanceler disse também que está convencida de que a maioria dos legisladores alemães que participam da coalizão de governo vão aprovar o estabelecimento do Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês) no fim deste ano. O ESM está programado para substituir a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) quando ela expirar, em 2013.
Dúvidas de que Merkel conseguirá uma votação favorável do parlamento de seu país ao ESM sem ajuda de legisladores da oposição somaram-se às preocupações com o suporte de outros países da zona do euro a novos programas de resgate financeiro. Um partido do governo da Eslováquia afirmou na semana passada que votará contra o ESM, e a Finlândia está tendo dificuldades para formar um novo governo sem o Partido dos Verdadeiros Finlandeses, que rejeitou mais ajuda a países da zona do euro. As informações são da Dow Jones.
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