O governo alemão negou neste sábado informações da mídia de que Berlim estaria de acordo com a emissão de bônus conjuntos da zona do euro para ajudar a aliviar a crise de dívida que atinge as economias periféricas da região, que reúne 16 países.
A revista Focus atribuiu a uma fonte anônima a citação de que Berlim poderia deixar de lado suas objeções à ideia proposta pelo presidente do Eurogroup, Jean-Claude Juncker, para quem a emissão conjunta ajudaria países em dificuldades como Grécia, Irlanda e Portugal.
Autoridades alemãs, no entanto, inclusive o vice-chanceler Guido Westerwelle, afirmaram que o país permanece oposto à ideia de fornecer empréstimos conjuntos. A Alemanha alega que a proposta implicaria em tomar responsabilidade pelas dívidas das economias mais fracas da região.
"Nosso governo é contra bônus europeus comuns porque não queremos que a Europa se transforme em um sindicato ou passivo de transferência", disse Westerwelle, que também é ministro de Relações Exteriores.
Ele acrescentou que a solução para os problemas de dívida está na aplicação de sansões mais rígidas por infringir as diretrizes de déficit e dívida da zona do euro.