A Alemanha continua se opondo a um aumento do tamanho do novo fundo de resgate da zona do euro, mas está cada vez mais inclinada a concordar em aumentar a sua própria contribuição, afirmou nesta sexta-feira um deputado da coalizão do governo.
A zona do euro está sob pressão internacional para aumentar a capacidade combinada de empréstimo do fundo de resgate permanente, o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (ESM, na sigla em inglês), e seu antecessor temporário, o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês).
A coalizão de centro-direita da chanceler alemã, Angela Merkel, que enfrenta uma crescente resistência do público sobre colocar mais dinheiro em Estados altamente endividados como a Grécia, não quer aumentar o teto do ESM de 500 bilhões de euros.
Mas, em um esforço para aliviar as preocupações globais e para acalmar os mercados financeiros, autoridades dizem que o país está disposto a elevar temporariamente a sua própria contribuição para 290 bilhões de euros ante o previsto anteriormente de 211 bilhões de euros, permitindo que os dois fundos sejam utilizados paralelamente.
"O teto (para o ESM) de 500 bilhões de euros deve permanecer. Mas dado que o capital do ESM será construído lentamente, devemos assegurar que não haverá menos dinheiro disponível no futuro para resgatar outros Estados da zona euro", disse à Reuters Michael Meister, um líder parlamentar dos Democratas Cristãos (CDU) de Merkel.
O ESM entra em operação em julho e em seu primeiro ano terá um limite máximo de crédito de apenas 200 bilhões de euros. Segundo o plano, os 240 bilhões de euros ainda disponíveis no EFSF permanecerão disponíveis até que o ESM esteja totalmente financiado.
A contribuição da Alemanha será feita na medida em que os atuais programas de financiamento do EFSF para a Grécia, Portugal e Irlanda cheguem ao fim.
A Alemanha e seus parceiros da zona do euro devem tomar uma decisão até o final de março sobre o aumento da barreira de proteção.
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