O ministério alemão das Finanças rejeitou uma nova proposta de Atenas nesta quinta-feira (19) sobre a extensão de seu programa de resgate, dizendo que não atende às condições definidas nesta semana pelos parceiros da Grécia na zona do euro.
"A carta de Atenas não é uma proposta que leva a uma solução substancial", disse o porta-voz do ministério Martin Jaeger em comunicado. Na verdade, vai na direção de um financiamento-ponte, sem atender às exigências do programa. A carta não atende os critérios acertados pelo Eurogrupo na segunda-feira".
Numa corrida para evitar ficar sem dinheiro, o ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, enviou na quarta-feira uma carta ao chefe do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, pedindo uma extensão de seis meses do acordo de empréstimo da zona do euro.
Não estava imediatamente claro contra o que a Alemanha tinha objeções na carta e o ministério não quis fazer mais comentários. No entanto, há diversas diferenças entre a proposta do Eurogrupo rejeitada por Vaourfakis na segunda-feira e a nova proposta grega.
Entre elas, a carta especifica que as metas fiscais para 2015 "devem levar em conta a situação econômica atual".
A carta diz também que a Grécia planeja introduzir "reformas substanciais e de grande alcance" projetadas para restaurar o padrão de vida dos cidadãos gregos.
Alguns dos detalhes no texto original do Eurogrupo, incluindo um compromisso da Grécia de trabalhar com a troika de credores sobre reformas trabalhistas e de aposentadoria, não constam na carta.
Uma fonte da zona do euro disse que a rejeição da Alemanha deve ser vista como uma medida tática para colocar mais pressão sobre a Grécia, em vez de uma refuta direta das propostas.
Outra fonte disse: "Aparentemente Berlim havia visto um esboço e concordado com ele, e a carta enviada é diferente do esboço em relação às questões fiscais -- não sei exatamente em quais pontos".
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