Dotar o fundo de resgate permanente da zona do euro, conhecido como Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês) com uma licença bancária é inconsistente com a Constituição da Alemanha, o ministro das Relações Exteriores do país, Guido Westerwelle, disse em entrevista publicada neste sábado (04) na revista Focus. A licença, argumenta Westerwelle, deixaria a Alemanha sujeita a riscos desconhecidos e ilimitados, o que iria de encontro com a Constituição alemã.
"O governo federal não pode concordar em dividir o risco da dívida europeia", disse Westerwelle à publicação. "O Bundestag (Parlamento da Alemanha) é o guardião do dinheiro dos contribuintes", completou.
Westerwelle se junta a outros políticos alemães contrários a que o ESM tenha recursos ilimitados. Para o parlamentar Peter Gauweiler, um fundo assim seria equivalente a uma "bomba atômica", segundo entrevista que será publicada na segunda-feira pela revista Profil.
Gauweiler, da União Democrata-Cristã (CDU, na sigla em alemão), também se opõe a abrir mão da soberania nacional para que Bruxelas assuma a tarefa de proteger o euro e entrou com um pedido no Tribunal Constitucional da Alemanha para que a ratificação do ESM seja bloqueada. O parlamentar também pediu à Corte que não conceda uma licença bancária ao fundo.
Na entrevista da Focus, Westerwelle falou ainda contra a extensão do ESM ou mais compras de títulos soberanos da zona do euro pelo Banco Central Europeu (BCE). "A Europa poderá falir por causa de tanta solidariedade", disse o ministro. As informações são da Dow Jones.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast