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O curitibano que costuma viajar para a Argentina e voltar com a mala abarrotada com os famosos alfajores Havanna pode ficar sossegado. Em menos de duas semanas serão inaugurados dois quiosques e um café da marca na capital paranaense, segunda cidade brasileira a contar com operações da empresa, depois de São Paulo. "Curitiba é uma cidade com muito potencial, aberta a novas tendências e com um clima que tem tudo a ver com nosso produto", diz a sócia-diretora da Havanna no Brasil, Bárbara Kern.

O Havanna Café, que ficará dentro da livraria Saraiva do Shopping Crystal, será aberto ao público no dia 26. Bárbara conta que alguns produtos das lojas brasileiras têm diferenças em relação aos encontrados na Argentina. É o caso do café, que é nacional (um dos melhores do país, segundo a diretora), e dos panetones, só vendidos nas lojas do Brasil, recheados com o doce-de-leite da marca.

Salvo as exceções, tanto o café quanto os quiosques, que serão inaugurados nos shoppings Barigüi e Mueller no dia 29, contarão com os mesmíssimos produtos vendidos na Argentina: alfajores, havannets (espécie de merengues), galletitas (biscoitos), chocolates, doce-de-leite e tantos outros, todos produzidos na fábrica de Mar del Plata.

O que muda, e bastante, é o preço. Enquanto um alfajor em terras argentinas custa 1,90 pesos (algo próximo de R$ 1,05, segundo a cotação atual), no Brasil ele custa R$ 4 (ou 7,20 pesos). Variação semelhante é encontrada nos demais produtos.

A sócia-diretora Barbara Kern explica que a diferença se dá em razão dos custos de importação (frete e impostos), do plano agressivo de expansão no Brasil e dos custos da operação brasileira (do aluguel dos espaços à despesa com pessoal), bastante superiores aqui na comparação com a Argentina. O investimento nas operações de Curitiba é de R$ 300 mil, e estão sendo contratados 15 funcionários.

A primeira loja da Havanna no Brasil foi um café no bairro dos Jardins, em São Paulo, aberta em junho do ano passado. Até dezembro, serão 24 operações no país, entre cafés e quiosques – 21 em São Paulo e as três de Curitiba. "A gente precisa entender o mercado e o que acontece para então abrir mais lojas. É uma operação que demanda muita dedicação e muita disciplina. Trabalhamos com um produto que é perecível", explica a diretora, lembrando que novas lojas próprias devem ser abertas em outras capitais no ano que vem. A empresa não divulga dados sobre faturamento.

Mas ao mesmo tempo em que traz seus produtos para o mercado curitibano com as novas lojas, a empresa cria um "probleminha" para quem viaja para a Argentina: será preciso apelar para outra lembrança na volta para casa. Presentear com alfajores tende a perder a graça.

A marca surgiu em 1947, em Mar Del Plata, Argentina, quando um grupo de amigos se uniu para fabricar alfajores. Nos anos 90, a empresa abriu os primeiros Havanna Café. A idéia deu certo, e hoje são mais de 200 lojas na Argentina, Chile, Paraguai e, mais recentemente, no Brasil.

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