O Paraná é um dos possíveis destinos da holandesa Huisman, que quer instalar no Brasil uma fábrica de guindastes para plataformas e torres de perfuração. A empresa procura uma área de 240 mil metros quadrados com acesso ao mar para erguer a unidade, que deve custar R$ 200 milhões e gerar 500 empregos. Segundo o Diário de Pernambuco, também estão na briga Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro. Todos com a vantagem de estar próximos dos campos petrolíferos do pré-sal.
Mas quem lidera a disputa é o Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco. O governo local oferece incentivos fiscais e se compromete a dar a licença ambiental em até um ano. A Huisman tem pressa: se vencer uma licitação de 14 guindastes para a Petrobras, terá de entregá-los em 18 meses, informa o jornal pernambucano.
Quem já tem terreno em Paranaguá mas ainda silencia sobre o que fará com ele é a norueguesa Subsea 7, fabricante de dutos flexíveis para a exploração submarina de petróleo.
Top de Marketing
As 10 empresas vencedoras do Top de Marketing 2009 da ADVB-PR foram informadas na sexta-feira da escolha de seus cases. Quem deu a boa notícia a cada uma delas foi o coordenador do prêmio neste ano, Ronie Pires, que é vice-presidente da associação e diretor de Mercado Nacional da Rede Paranaense de Comunicação (RPC). Os troféus serão entregues no dia 24, no pequeno auditório do Teatro Positivo.
Entre quase uma centenas de concorrentes, as empresas que mais se destacaram no ano em suas categorias foram RIC TV (Comunicação), Sebrae (Educação e Ensino), Hotel Slaviero (Hotelaria e Turismo), Positivo Informática (Indústria), Construtora Rossi (Mercado Imobiliário), Amil (Saúde), Senai (Serviços), Condor (Varejo), Ford Metropolitana (Veículos e Mercado Automobilístico) e Sicredi (Mercado Financeiro).
Lugar de moda
No Parkshopping Barigüi, toda a atenção está voltada para as obras de ampliação. O trabalho termina no ano que vem e todo o espaço já está vendido. Em 2011, tem mais novidade: o marketing começa a investir na consolidação do shopping como espaço de moda. As ações ainda não estão definidas, mas a expectativa dos lojistas não permite novo adiamento do projeto, que chegou a ser anunciado no começo do ano.
Novo Angeloni
O supermercado Angeloni do bairro Água Verde, em Curitiba, parecia uma grande escola profissionalizante na semana que passou. Dezenas de funcionários em treinamento nos caixas e nos balcões de atendimento eram supervisionados pelo pessoal mais experiente. O motivo é a proximidade da inauguração da nova loja curitibana do Angeloni, no Bigorrilho, que deve abrir as portas ao público daqui a duas semanas.
Em tempo: chama a atenção de quem passa pelo canteiro de obras, a rapidez com que a nova loja do Angeloni foi erguida. De fato, há apenas oito meses, esta coluna noticiava a concessão do alvará para a construção no antigo terreno do clube Juventus.
Caixões online
O melhor spam da semana chegou na sexta-feira às caixas de e-mails. Trata-se do link para o site da rede norte-americana de supermercados Walmart, em que se pode escolher e comprar caixões fúnebres. Os modelos lembram os que vemos em filmes, mais imponentes que os brasileiros. E os preços variam de US$ 800 a US$ 3 mil para quem comprar nos Estados Unidos, naturalmente.
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Corpo a corpo no Paraná
O diretor comercial da British Airways no Brasil, José Antonio Coimbra (foto), esteve em Curitiba na última semana para uma conversa com agentes de viagens e operadores. A companhia pretende retomar o mercado perdido no Sul, que já representou 20% da receita (mais Brasília e Belo Horizonte). Hoje, é a metade disso. O foco da empresa são os voos para Londres, para onde ela transporta 52% dos passageiros saídos do Brasil, segundo dados da Anac. A TAM vem em segundo, com 46%. Confira trechos da conversa com Breno Baldrati, editor assistente de Economia.
Como é o mercado do Paraná para a British?
A tendência é ficarmos um pouco míopes, trabalhando em função do eixo Rio-São Paulo, e isso nos faz perder algumas oportunidades. O mercado do Sul, mais Brasília e Belo Horizonte, já representou 20% da nossa receita. Isso caiu pela metade. Queremos retomar esse share. Acho que é possível, percebemos que o mercado é um pouco carente de informação.
E como fazer essa retomada?
Teremos uma pessoa aqui só para comunicar ações aos parceiros, oferecer oportunidades e esclarecer dúvidas. Vamos estar mais atuantes, fazendo um corpo a corpo com o mercado. Para a British, as vendas via trade (agências e operadores) são superiores a 90%. Muita gente fala em focar na internet, mas a venda via trade ainda é muito importante. O trade se tornou uma espécie de conselheiro de viagens.
Qual foi o impacto da crise para a British no Brasil?
Foi um primeiro semestre duro. A gente teve que se reinventar e alterar totalmente a política comercial. O impacto foi sentido principalmente no mercado corporativo. Mas a partir de setembro temos voos cheios, lista de espera, coisas que não víamos há mais ou menos um ano. Apesar de o volume de passageiros ter melhorado, o valor do ticket médio caiu. Nosso ano fiscal acaba em 31 de março. Acho que seria ambicioso empatar com o ano anterior, mas se eu fechar com receita entre 10% e 20% menor estarei contente.
A empresa, principalmente em Londres, adotou uma série de procedimentos durante a crise. A medida mais alardeada foi a proposta aos funcionários para que trabalhassem por um período sem remuneração. Quais foram as grandes lições?
Não adianta: o lucro é igual receita menos o custo. Se a receita cai, temos que procurar alternativas para melhorar o caixa. A empresa fez alguns laboratórios para criar novas oportunidades de receita. Mas nada relacionado à venda de bilhetes. Uma das coisas foi a venda de anúncios nos cartões de embarque. É interessante porque demandou muito mais criatividade. Quanto à proposta de trabalhar sem remuneração, ela foi mal interpretada. O que o presidente (Willie Walsh) propôs aos funcionários foi a oportunidade de trabalhar meio período, ou tirar férias sabáticas. Aquele era o momento para isso. E de fato muitos trabalhadores aproveitaram.