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ajuste fiscal

Aliados de Dilma criticam corte orçamentário de R$ 69,9 bi

Até os aliados da presidente Dilma Rousseff se queixaram, nesta sexta-feira (22), da intensidade do corte orçamentário de R$ 69,9 bilhões, anunciado pelo governo federal.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que o ajuste é “fictício”. “Esse corte é para efeito psicológico, porque o orçamento do Brasil não existe.” Segundo Renan, o Governo deveria adotar medidas como a redução de ministérios e a “abertura dessa caixa preta”.

Embora tenha elogiado o aumento da taxação sobre os bancos, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que o país está “entrando num cenário explosivo”. “O governo está nos colocando, de forma consciente, numa recessão”.

O líder da bancada do PP na Câmara, Eduardo da Fonte, afirmou que é necessário que o ajuste seja feito de forma concreta nos gastos do governo para não ficar só em cima dos trabalhadores e do empresariado. Ele afirma que só com o desenrolar da execução do Orçamento será possível saber o tamanho real do congelamento de gastos.

Bancos

Em crise interna devido aos projetos de ajuste fiscal que restringem direitos trabalhistas e previdenciários, outros petistas comemoraram o aumento da tributação sobre os bancos. “O ajuste finalmente chegou ao andar de cima”, disse o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

Ele defende que o governo, agora, avance na proposta de taxação das grandes fortunas. Guimarães voltou a criticar os petistas que se colocaram contra o ajuste, dizendo que houve má-vontade em perceber que o ajuste não é um fim em si mesmo. “O contingenciamento é feito por qualquer governo que tem responsabilidade pelas contas públicas. Foi um contingenciamento na medida, necessário e com muito critério”, disse o petista.

Oposição

“Quem mais sofre com os cortes no Orçamento são os mais pobres, que precisam do governo federal para dispor de atendimento de saúde, de educação digna e de escolas de qualidade, de transporte e mobilidade. Todas essas áreas que agora são profundamente afetadas pelo arrocho anunciado.O passo seguinte está traçado: aumento de impostos, já iniciado desde o início do ano e agora aprofundado”, disse Aécio.

O presidente do DEM, o senador Agripino Maia (RN), disse que o governo Dilma já tem fixada sua marca, de cortar investimentos em vez de emagrecer a máquina administrativa. “Dilma está indo para o caminho mais perverso”, afirmou.

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