A gigante chinesa do comércio eletrônico Alibaba enxerga no Brasil a grande oportunidade de reforçar sua presença na América Latina. Com mais de 2,5 milhões de usuários no país, a companhia está investindo em parcerias locais e pode abrir em breve um escritório brasileiro para centralizar suas ações na região. Para a empresa, o continente é estratégico em seu plano de crescer fora da Ásia e conquistar a liderança do e-commerce global – posto que hoje pertence à Amazon.
Oficialmente, a Alibaba chegou ao país em 2014, por meio do AliExpress – site de compras da empresa voltado para o varejo – e com o Alibaba.com, para vendas em atacado. Em pouco tempo, as duas empresas se popularizaram, fazendo com que os olhos de Jack Ma, fundador da companhia, brilhassem e vissem o Brasil como um potencial foco de crescimento.
Os sites tiveram bom desempenho no ano passado: segundo dados divulgados pela empresa, o AliExpress registrou mais de 18 mil novos usuários por dia no país em 2015. No atacado, o Alibaba.com também não decepcionou, registrando crescimento de 20% em número de usuários brasileiros no ano passado, na comparação com 2014.
“O Brasil é o quarto maior país em número de usuários dentro da plataforma Alibaba.com”, afirma o líder de marketing e desenvolvimento de negócios da companhia para a América Latina, Alexander Tsai. “O país vive um momento de interesse pelo e-commerce, que tem crescido no atacado e já é maduro no varejo”, afirma o executivo.
Empreendedores
Para manter o crescimento e elevar os níveis do Alibaba.com, o site de atacado foca parcerias com empreendedores brasileiros de pequeno e médio porte. Na última semana, Tsai esteve no Brasil e participou da Feira do Empreendedor, realizada pelo Sebrae-SP. A ideia é conseguir capacitar novos empreendedores para a dinâmica proposta pela Alibaba em seus sites.
Hoje, os artigos brasileiros mais exportados nas plataformas da empresa chinesa são os de vestuário, alimentação e bebidas típicas – como cachaças e cervejas artesanais. “Comércio exterior é uma oportunidade para pequenas e médias empresas”, comenta Tsai. “Você consegue ter parceiros do mundo todo. Além disso, abre uma porta para as pessoas comprarem produtos em um mercado com maior competitividade.”
A lógica das parcerias é simples: os dois sites da chinesa no Brasil dependem do cadastro de empreendedores, que realizam transações diretas com o consumidor final, colocando seus produtos à venda no Alibaba.com e no AliExpress. Quanto mais capacitados estiverem os vendedores, mais usuários e maior faturamento a Alibaba terá.
Oportunidade
Segundo Tsai, a crise econômica que afeta Brasil não atrapalha a expansão da empresa. Com os problemas econômicos, mais pessoas começaram a procurar alternativas para vender seus produtos. “A crise é uma oportunidade. Nosso público-alvo são as empresas que precisam de capacitação para ter recursos para vendas internacionais”, comenta. “O uso de comércio eletrônico deve complementar os canais tradicionais para o negócio.”
Com as parcerias, a Alibaba também pode, no longo prazo, reduzir a sensação de seus clientes de que as compras realizadas no site demoram a chegar. Outro passo para isso é a instalação de um escritório no País - boato que circula com força há alguns meses.
“Estamos estudando ter um escritório no Brasil”, admite Alexander Tsai. “Podemos aprofundar mais o investimento no mercado brasileiro, facilitando a realização de negócios locais”, afirma o executivo.
Atualmente, o Alibaba possui escritórios na China, Estados Unidos, Inglaterra e Itália – os dois últimos foram abertos recentemente, ampliando a expectativa de que a companhia chinesa estaria de fato prestes a abrir suas portas também em solo brasileiro.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast