O índice que mede a inflação das famílias de menor poder aquisitivo teve alta de 0,51% em março, em forte aceleração na comparação com fevereiro, quando ficou em 0,16%.
Nessa base, o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) ficou inferior à taxa de 0,61% registrada para o conjunto da população, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC-BR).
Apesar da alta na comparação mensal, no acumulado em 12 meses a taxa recuou de 6,67% para 6,52% - ainda assim superior à do IPC-BR, que acumulou alta de 6,32% no mesmo período. O IPC-C1 mede a inflação para as famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos.
Influências
Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), os preços dos alimentos foram os principais responsáveis pela alta do indicador no mês passado. Os preços dos itens do grupo ficaram em média 0,87% mais caros, ante recuo de 0,01% em fevereiro.
Pressões de alta vieram também dos grupos habitação (de 0,07% para 0,23%), vestuário (de -0,64% para -0,18%), despesas diversas (de 0,16% para 0,72%) e educação, leitura e recreação (de 0,48% para 0,76%).
Em contrapartida, os grupos transportes (de 0,68% para 0,04%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,97% para 0,76%) registraram decréscimos em sua taxa de variação.