A inflação oficial ficou quase estável em maio na comparação com abril, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador, considerado a taxa oficial de inflação, passou de 0,48% em abril para 0,47% no mês passado. No ano, a alta é de 2,20%. Já nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 5,20%.
Os preços dos alimentos foram destaque de alta: a inflação do grupo quase triplicou, passando de 0,15% para 0,44%. O leite pasteurizado foi o "vilão" do mês, subindo 9,77%, sendo a maior contribuição para a taxa do IPCA. Junto com o leite, subiram os preços de seus derivados, a exemplo dos queijos (1,39%), leite condensado (1,12%) e em pó (1,10%).
A alta maior dos alimentos foi compensada pela desaceleração de outros grupos. O grupo despesas pessoais, que vem refletindo a alta nos preços dos cigarros, subiu 1,57%, taxa bem abaixo dos 2,14% registrados no mês anterior. Ainda assim, os cigarros (de 14,71%, em abril, para 9,21% em maio) foram responsáveis pela segunda maior contribuição individual no IPCA de maio, com 0,09 ponto percentual.
O grupo saúde e cuidados pessoais também ajudou a conter a alta do IPCA, passando de 1,10%, em abril para 0,68% em maio, com influência dos preços dos remédios, que subiram 1,33%, menos que os 2,89% de abril. O grupo habitação, com variação de 0,72%, ficou muito próximo ao mês anterior (0,75%).
Já os artigos de Vestuário apresentaram variação 1,16%, mais do que a taxa de 1,08% verificada em abril.
Em maio, INPC fica em 0,60%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias de baixa renda, que ganham de um a seis salários mínimos, também ficou próximo ao registrado no mês anterior. A taxa passou de 0,55% em abril para 0,60% em maio. No ano, o INPC ficou em 2,32%, e nos últimos 12 meses, em 5,45%.