Curitiba A América Latina Logística (ALL) será a única responsável pelo transporte de cargas que trafegam pela ferrovia entre Cascavel e Guarapuava, nos próximos seis meses. Antes da intervenção na Ferroeste, decretada na última sexta-feira pelo governo do estado, parte das locomotivas e vagões que transportavam os produtos de Cascavel ao Porto de Paranaguá pertenciam à Ferropar e outra à ALL.
A medida faz parte do plano operacional de emergência que será apresentado pela Ferroeste à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Para estabelecer os parâmetros da relação entre Ferropar e América Latina Logística no período da intervenção estiveram reunidos ontem, em Curitiba, o interventor da Ferropar, Saulo Pereira; os diretores da Ferroeste, Samuel Gomes e Leopoldo Campos; e o diretor de Relações Corporativas da ALL, Pedro Roberto de Almeida.
Segundo o interventor Saulo Pereira, a planilha de custos da ferrovia será revista, mas os porcentuais ainda não foram definidos. Porém, para os clientes que têm contrato fechado nada mudará.
Pereira informou que a Ferropar vai partilhar as receitas com a ALL que, por sinal, é uma de suas acionistas. Antes da intervenção esta partilha já existia, só que a Ferropar mantinha material rodante no trecho, e hoje o número de vagões e locomotivas é inexpressivo. O interventor disse que a Ferropar chegou a ter mais de 300 vagões e 17 locomotivas. Hoje são 55 vagões, mas só 23 estão em funcionamento, e uma locomotiva. O diretor da ALL, Pedro Almeida, garantiu o transporte mensal de 120 mil toneladas pela Ferroeste.
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