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Crise

ALL diz perder R$ 1 mi por dia com bloqueio

Agricultores mantiveram ontem o bloqueio de ferrovias, impedindo a passagem de trens nos municípios de Rolândia, Maringá e Apucarana, no Norte do estado, em protesto contra as dificuldades financeiras que enfrentam, como o baixo preço obtido com a exportação de grãos. A estimativa é de que o prejuízo para a transportadora América Latina Logística (ALL) possa ultrapassar R$ 1 milhão a cada dia sem o transporte de cargas na região. Há aproximadamente 300 vagões parados no pátio da empresa em Apucarana. As manifestações também atingem outros 12 municípios desde sábado. "Estamos reforçando o movimento que começou em outros estados", anuncia o presidente do Sindicato Rural Patronal de Maringá, José Antônio Borghi.

A ALL entrou ontem com o segundo mandado de segurança e conseguiu nova liminar que obriga a liberação das linhas férreas, desta vez em Rolândia. Os produtores rurais fizeram um acordo com a empresa e vão permanecer no local até a manhã de hoje. Já em Maringá o protesto também continua até pelo menos até hoje, mesmo com a liminar obtida dois dias atrás.

A empresa considerou a ação descabida, por atingir uma companhia privada que não tem relação com as reivindicações. Os tratores e caminhões estariam danificando os trilhos e, por isso, a ALL pediu ajuda da Polícia Federal para fazer cumprir as liminares. A empresa pretende acionar os manifestantes cível e criminalmente pelos danos.

A manifestação em Rolândia começou de madrugada, com um tratoraço no centro da cidade e a entrega, no Banco do Brasil, de um pedido de prorrogação de prazo de dívidas contraídas pelos agricultores. Sem perspectiva de conseguir bons preços, em virtude da queda do dólar, eles pedem ajuda do governo federal para continuar trabalhando.

Em Maringá, os agricultores deixaram um cruzamento da via férrea no início da noite de segunda-feira e seguiram para outro, no centro da cidade. Lá o grupo permaneceu durante todo o dia de ontem, mesmo com ordem judicial para desobstruir a ferrovia. Aproximadamente 50 tratores e 300 agricultores participaram da manifestação – que teve exibição de faixas de protesto contra o governo federal e o reforço de um comboio de 23 carretas que passaram buzinando pelo local no fim da tarde. Uma assembléia foi marcada para as 9 horas de hoje para definir as ações do dia.

A América Latina Logística (ALL) aponta que o fluxo de trens entre Apucarana e Ponta Grossa e entre Londrina e Ourinhos está normal. Já a linha entre Maringá e Londrina está parada. Há um fluxo médio de transporte de 25 mil toneladas diariamente entre as duas cidades.

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