A América Latina Logística (ALL) e a Triunfo Participações anunciaram na quarta-feira (10), rompimento de um contrato de associação para a criação de um projeto ambicioso de um sistema integrado, que uniria extração de minério de ferro, transporte e comercialização da commodity por meio da Vetria Mineração.

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A Vetria foi criada formalmente no fim de dezembro de 2011 e tinha como sócios a ALL, como controladora do projeto, com 50,38%, a Triunfo, com 15,79%, e a Vetorial Participações, com 33,83%.

O projeto previa investimentos de R$ 11 bilhões e comercialização de 27,5 milhões de toneladas de minério de ferro, extraídas de Corumbá (MS) e transportadas até o Porto de Santos pela malha ferroviária da ALL.

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Em fato relevante divulgado ontem pelas duas empresas, ALL e Triunfo disseram que a descontinuidade do projeto tem em vista que determinadas condições previstas no contrato não foram atendidas dentro do prazo estipulado.

Além disso, foram levadas em consideração as condições de mercado e perspectivas atuais do cenário internacional do minério de ferro, cuja cotação está em cerca de US$ 70 a tonelada, colocando em xeque vários projetos e fábricas de mineração com pouca rentabilidade.

As empresas afirmaram que irão "avaliar, definir e adotar conjuntamente os atos e as medidas que vierem a ser necessários" por causa da decisão.

Também citaram que o contrato de arrendamento de direitos minerários e outras avenças firmado entre a Vetria e a MMX Corumbá Mineração e o contrato de opção de compra de ações firmado entre a Vetria e a MMX Mineração e Metálicos foram integralmente cedidos para a Vetorial Siderurgia.

Durante o processo de obtenção das licenças necessárias e certificação da mina, a Vetria iniciou negociação para a compra de ativos de mineração da MMX Corumbá Mineração e celebrou, em meados deste ano, um contrato de arrendamento de direitos minerários.

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Esse projeto estava condicionado à atração de um sócio estratégico, conforme indicaram executivos da ALL na época do anúncio da associação.

Baixa cotação

Os preços do minério de ferro acumulam queda de quase 50% no ano. A desvalorização dos preços da commodity reflete, além da desaceleração da economia mundial, o aumento da oferta global do insumo, puxado por investimentos feitos pelas três maiores companhias - Vale, BHP Billinton e Rio Tinto.

Apenas a produção da Vale, por exemplo, de janeiro a setembro, cresceu 8,1% na comparação com igual período de 2013.

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