O declínio dos preços internacionais da gasolina não significa, necessariamente, que o aumento do preço do combustível no Brasil será adiado, afirmou ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Essa é uma decisão da Petrobras. Embora o preço da gasolina no Brasil esteja maior agora do que nos Estados Unidos, isso não quer dizer que a empresa deixará de fazer algum aumento", disse. "Havia defasagem e agora não há, agora é em benefício da Petrobras. O preço da gasolina está mais alto. A Petrobras está ganhando com isso. Isso não significa que não haverá aumento, isso é uma decisão da empresa "
A gasolina vendida pela Petrobras no mercado interno atingiu, nesta semana, um nível 1% mais elevado que o preço do mercado internacional, segundo cálculos do banco Credit Suisse. A continuação desse cenário atual de depressão dos preços internacionais da gasolina até o fim do ano, algo compatível com os preços futuros e uma taxa de câmbio de R$ 2,50 por dólar, reduziria a necessidade de aumento de preços do combustível no Brasil em 2014, avalia o banco.
A estimativa é de que um aumento de 5% nos preços da gasolina nas refinarias até dezembro elevaria a inflação medida pelo IPCA em 2014 em 0,15 ponto porcentual.