Depois de ter superado a cotação de R$ 1,90 pela manhã, a cotação do dólar se reduziu no fim da tarde, com a recuperação do euro e a atuação de exportadores na venda da moeda norte-americana. Ao final dos negócios desta terça-feira (25), o dólar era vendido a R$ 1,868, em alta de 0,21%. Na máxima, a divisa atingiu R$ 1,904, maior nível desde 2 de setembro.
A moeda agora acumula elevação de 7,48% em maio. Em 2010, a valorização do dólar é de 7,17%.
No começo do dia, pesou mais a preocupação internacional com um contágio da crise da dívida na Grécia sobre o setor bancário. O euro chegou a cair 1%. O principal índice das ações europeias perdeu 2,40%, fechando no menor nível desde setembro.
Mas, à tarde, o mercado internacional de câmbio reduziu a intensidade das variações. O euro caía 0,3% e moedas de países emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano perdiam menos de 1% para o dólar.
"O mercado está estressado em função da Europa. Ainda não está totalmente confortável", disse José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença.
O aumento da oferta de dólares por parte de exportadores, interessados em aproveitar a taxa de câmbio mais alta para trazer ao Brasil receitas mantidas no exterior, contribuiu para amortecer a valorização do dólar. "O fluxo (de dólares em operações comerciais) foi positivo. No começo do dia foi mais forte", disse um operador de câmbio de um banco nacional, que não quis ser citado.
Segundo dados preliminares da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa, o volume no mercado à vista perto do fechamento era de aproximadamente US$ 4 bilhões.
O comportamento dos exportadores é o que tem mantido o fluxo de capitais ao país em terreno positivo em maio. De acordo com dados do Banco Central referentes ao dia 21, o país tem saldo positivo de US$ 1,522 bilhão no mês.
No segmento comercial, são US$ 2,804 bilhões em entradas líquidas. Em operações financeiras, afetadas pela crise na Europa e pela busca de aplicações mais seguras, há déficit de US$ 1,282 bilhão.