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Atividade econômica

Alta do PIB pode reestimar receitas para 2025, diz Haddad

Fernando Haddad
Previsão otimista do ministro da Fazenda ocorre após IBGE divulgar resultado do PIB acima do previsto. (Foto: Washington Costa/Ministério da Fazenda)

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O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, afirmou nesta terça (3) que a alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,4% no segundo trimestre deste ano pode levar a uma revisão das receitas para 2025. O resultado divulgado mais cedo pelo IBGE superou a maioria das expectativas do mercado que, no geral, estimava um avanço mais próximo de 1%.

Haddad explicou que a estimativa inicial do ministério para o crescimento do PIB neste ano, de 2,5%, pode ser revista para cima e chegar perto de 3%. O Relatório Focus desta semana, no entanto, estima uma alta de 2,46%.

“Nós vamos provavelmente reestimar o PIB para o ano, que deve, pela força com que vem se desenvolvendo, superar 2,7%, 2,8%. Há instituições que já estão projetando um PIB superior a 3%”, disse o ministro a jornalistas.

Segundo Fernando Haddad, o avanço do PIB acima do previsto pode “ensejar uma reprodução das receitas para o ano que vem, se continuar forte como está”. “Nós fechamos o Orçamento com um PIB estimado de 2,5%. Qualquer coisa para além disso vai se refletir no aumento de receitas proveniente do crescimento orgânico da economia”, pontuou.

O ministro também ressaltou a recuperação da indústria e o crescimento da formação bruta de capital fixo, mas alertou para o risco de inflação se o investimento não acompanhar o crescimento econômico.

“Precisamos focar no investimento, pois é ele que garante um crescimento com baixa inflação. Sem o aumento da capacidade instalada, enfrentaremos dificuldades para crescer sem pressionar os preços” explicou Haddad.

Na mesma divulgação desta terça (3), o IBGE revisou para cima o crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2024, de 0,8% para 1%, reforçando o cenário de recuperação econômica. No segundo trimestre, os setores de serviços e indústria foram os principais responsáveis pelo crescimento, com altas de 1% e 1,8%, respectivamente. Em contrapartida, o setor agropecuário registrou uma queda de 2,3% no período.

Do lado da demanda, houve aumento no consumo das famílias e dos governos, ambos com crescimento de 1,3%, além de um avanço de 2,1% no investimento produtivo, medido pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF). No entanto, o setor externo pesou negativamente, com as importações crescendo 7,6%, superando o aumento de 1,4% nas exportações.

Apesar do avanço da FBCF, a taxa de investimento em relação ao PIB registrou uma leve queda, passando de 16,9% no primeiro trimestre para 16,8% no segundo trimestre, de acordo com o IBGE. Ainda assim, o PIB brasileiro apresentou um crescimento de 3,3% no segundo trimestre em comparação ao mesmo período de 2023, acumulando um avanço de 2,9% no primeiro semestre e de 2,5% nos últimos 12 meses.

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