O governo provavelmente decidirá o que muda na caderneta de poupança antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), marcada para os dias 9 e 10 de junho. A previsão é do ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins que acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (1º) em sua visita ao Rio de Janeiro. O governo teme que, com a continuidade da redução da Selic, haja uma migração de investimentos como títulos públicos, que financiam o governo, e CDBs, fonte de recursos para os bancos concederem crédito, para a poupança.

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De acordo com Martins, "o que está se discutindo é um mecanismo de remuneração daqui para a frente". Entre as possibilidades em estudo, ele citou uma indexação da poupança à taxa de juros básica, a Selic; a tributação da rentabilidade da poupança e o tratamento diferenciado pelo total depositado em caderneta por número do Cadastro de Pessoa Física (CPF).

"Todas essas hipóteses têm vantagens e desvantagens e estão em estudo pela área técnica", afirmou Martins, que disse não ter conversado sobre o assunto com o presidente Lula. "A decisão que existe é de que alguma coisa tem que fazer", afirmou. Ele admite inclusive, uma combinação das alternativas como a criação de faixas para tributação diferenciada. Por exemplo, cobrar Imposto de Renda sobre a rentabilidade da poupança para valores acima de R$ 5 mil por depositante. O ministro não chegou, porém, a citar este exemplo específico. Apenas falou em tese e observou que cerca de 92% das contas de poupança têm até R$ 5 mil.

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