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renda fixa

Alternativas à caderneta têm opções a partir de R$ 1

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Com a recente alteração nos rendimentos da poupança, o investidor vai ter que procurar novas opções para obter ganhos iguais ou superiores à antiga taxa. Existem alternativas que podem proporcionar receitas similares, mas é preciso atentar ao risco e às taxas de manutenção e tributação para não sofrer prejuízos. No Banco do Brasil já é possível encontrar fundos com aporte mínimo de R$ 1 e R$ 10 e taxas de administração de 1%.

Os títulos públicos são uma opção com maior segurança, mas é importante atentar ao prazo de pagamento e às taxas incidentes. A tributação do Imposto de Renda (IR) é feita de forma regressiva, diminuindo ao longo dos anos até o limite de 15% sobre o valor recebido. Para o professor de finanças da Isae/FGV Marco Cunha, ter o governo como credor reduz consideravelmente os riscos. "Os ganhos são de em média 5% acima da inflação, valor superior até ao da caderneta antiga, e com risco muito baixo", afirma.

Outra opção é investir em fundos de renda fixa, como os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), que são uma espécie de empréstimo feito ao banco. O valor é devolvido após certo intervalo de tempo, acrescido de juros. Cunha ressalta que o Fundo Garantidor de Crédito assegura o pagamento de até R$ 70 mil caso a instituição não honre seus compromissos. "Mesmo com a proteção, o risco é maior, e também deve-se atentar à taxa de administração", diz. É importante analisar as opções antes de aplicar, pois os rendimentos podem variar entre 80% e 105% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI, a taxa de referência para essas transações, que costuma ficar bem próxima da Selic).

Os fundos imobiliários são uma alternativa em que não há incidência de IR e os efeitos da inflação são reduzidos. O professor de economia da PUCPR Breno Le­­mos explica que nessa modalidade adquirem-se cotas de imóveis e a re­­ceita obtida através de aluguéis é distribuída entre os cotistas. "O risco nessa operação é o de desvalorização do imóvel, mas o ganho líquido oscila entre 90% e 100% do CDI", comenta. Ele recomenda que o fundo seja escolhido com atenção, e a carteira seja diversificada, para que o risco seja menor.

O mercado acionário é outra fonte de ganhos maiores, mas é preciso estar disposto a se arriscar. Para o professor do Laboratório de Finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA), Ricardo Almeida, em geral os poupadores preferem outras alternativas, como os fundos multimercado. "Quem escolheu a poupança prefere correr menos risco e na hora de procurar outras opções essa postura conservadora se mantém", comenta. Ele afirma que fundos multimercado com renda fixa e baixa alavancagem tendem a ser mais seguros.

Para todas as opções é recomendada uma análise criteriosa antes de tomar a decisão. Lemos destaca que o investidor agora precisa se qualificar mais e ter consciência sobre o risco de cada opção. "A festa dos rentistas acabou, e agora é preciso estudar muito bem o mercado para não sofrer prejuízos". Ele também comenta que é importante prestar atenção aos detalhes, pois de um modo geral o mercado financeiro ainda é muito complexo.

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