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Tecnologia

Alto preço de celulares segura avanço da TV móvel

O setor de telefonia móvel vem prevendo há anos que o futuro da televisão não inclui fios. Mas com os celulares com telas de 2,5 polegadas e vendidos a preços semelhantes aos de televisores de 32 polegadas, a TV móvel até agora não decolou.

O problema é um dos principais tópicos na feira de telecomunicações móveis 3GSM, que começa nesta segunda-feira em Barcelona. No evento, fabricantes de celulares lançarão modelos mais baratos de aparelhos que permitem assistir TV.

- Não há dúvida de que a adoção vai levar algum tempo - disse Yoram Solomon, da Texas Instruments, que também é presidente da Mobile DTV Alliance, organização de lobby do setor.

Per Nordlof, diretor de televisão móvel na produtora sueca de equipamentos para redes Ericsson concordou: - Haverá poucas transmissões este ano.

Os pesquisadores da Strategy Analytics esperam que 20 milhões de celulares capazes de receber sinais de televisão móvel sejam vendidos este ano, cerca de 2% do mercado total de celulares em termos de volume.

As fabricantes de celulares e operadoras de telefonia móvel estão ansiosas para explorar o potencialmente lucrativo mercado de aparelhos que recebem sinais de TV.

As operadoras esperam obter receita adicional com serviços de TV móvel, que poderiam gerar média mensal de entre cinco e 10 euros de faturamento por usuário, e assim ajudar a compensar a perda de receita com telefonia de voz devido à feroz concorrência e a novos regulamentos.

No entanto, apenas alguns poucos países dispõem de banda especificamente dedicada para uma rede de TV móvel.

A maioria das pessoas que já assistem TV em seus celulares usa as redes de telefonia móvel de terceira geração (3G) das operadoras, mais rápidas. O serviço gera receitas, mas há limites à qualidade das imagens e quanto ao número de usuários que podem usar o serviço ao mesmo tempo em uma dada área.

- Nas redes 3G, a televisão se tornou um dos principais serviços, mas a capacidade delas se esgotará, a certa altura", disse Harri Mannisto, diretor da unidade multimídia da Nokia, a maior fabricante de celulares do mundo.

Empresas do setor afirmam que esperam que chips que permitem a celulares receber sinais de televisão vão se disseminar entre uma ampla variedade de modelos, assim como aconteceu com as câmeras digitais incorporadas aos aparelhos.

A Nokia revela seu primeiro modelo de celular de preço mediano com TV durante a feira, afirmaram fontes próximas da companhia.

A Nokia e vários integrantes da indústria na Europa apoiam o padrão europeu DVB-H para transmissão digital de TV em celulares, mas tecnologias rivais, incluindo a DMB e a MediaFlo, têm ganhado terreno nos últimos meses por conta de atrasos na montagem de redes DVB-H.

A primeira rede comercial DVB-H na Itália atraiu 4% da base de assinantes de celulares do país em um curto período de tempo. Mas as duas redes instaladas em seguida, no Vietnã e na Finlândia, têm enfrentado mais dificuldades. A próxima rede comercial DVB-H montada deve começar a operar em breve na Albânia.

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