Os aluguéis residenciais de contratos fechados em julho na cidade de São Paulo subiram 0,8% em relação a junho, segundo a pesquisa mensal divulgada hoje pelo Departamento de Economia e Estatística do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP).
Nos 12 meses encerrados em julho, os aluguéis registram alta de 10,89%, um valor superior ao de indicadores de inflação como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 4,6% no período.
Em julho, as casas e os apartamentos de um dormitório lideraram as altas, com ajuste de 1,2% nos valores de locação ante o mês anterior. Em nota, Francisco Virgílio Crestana, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP, observou que a demanda do período deve ter sido influenciada pela procura dos estudantes por imóveis próximos das universidades. O mês de julho marca o início do segundo semestre e o começo de um novo período escolar.
Na mesma base de comparação, o aluguel das residências de dois quartos apresentou desempenho comparável ao valor médio da pesquisa no mês passado (0,8%), enquanto o dos imóveis de três dormitórios ficou estável. O tipo de garantia mais utilizado no período para locação foi o fiador, que respondeu por metade dos contratos fechados. O depósito de até três meses de aluguel (ou caução) foi responsável por 30%. As residências mais rapidamente alugadas foram as casas e os sobrados, que levaram de 12 a 27 dias para serem locados. Os apartamentos apresentaram um período médio de espera de 17 a 36 dias.
O Secovi-SP ressaltou que, além do reajuste feito em novos contratos, existe o reajuste dos contratos em andamento, com cláusula de atualização monetária pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Entre julho do ano passado e junho deste ano, esse indicador de inflação acumulou variação de 5,17%.