A Amazon lança nesta terça-feira (22) uma série de novidades para o mercado brasileiro. A partir de agora, 11 categorias de produtos serão vendidas e entregues pela empresa (no modelo chamado 1P ou venda direta), incluindo 4 inéditas no país: Brinquedos, Bebês, Beleza e Cuidados Pessoais. Desde o ano passado essa expansão era aguardada no mercado brasileiro, mas a empresa afirma que o momento do lançamento não tem relação com a conjuntura econômica do país - apenas com maturidade do negócio em si.
Até hoje, a única categoria em que a empresa trabalhava no modelo “vendido e entregue pela Amazon” no Brasil era a de livros. A expansão coloca a varejista em outro patamar no mercado nacional, e pode ser considerada uma ameaça a nomes consolidados, como B2W e Magazine Luiza.
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Com o lançamento, a empresa agora oferece mais de 120 mil produtos por conta própria para além dos livros - que passam de 200 mil no catálogo de venda direta. Outros 20 milhões de itens são vendidos por parceiros do marketplace (o 3P, onde a empresa fornece espaço no site para que pequenas e médias varejistas tenham presença online).
Segundo Daniel Mazini, diretor de varejo da companhia no país, somadas, as categorias selecionadas para estrear no Brasil representam 70% das vendas nos demais mercados onde a Amazon atua. O potencial de vendas foi, justamente, um fator decisivo para a seleção dos itens, mas sempre com foco no que faz sentido nacionalmente.
Compras no site da Amazon em todo o Brasil terão frete zero acima de R$ 149 e opção de entrega rápida (paga). Diferentemente da maioria das varejistas, a empresa fornecerá uma data de entrega, em vez de um prazo limite, no momento de fechar o carrinho.
O diretor garante que a competição entre os itens vendidos diretamente e os de marketplace será honesta: a plataforma sempre mostrará primeiro o mais barato (somando valor do produto e frete), seja ele vendido pela Amazon ou por parceiras. Questionado, ele afirma acreditar que as pequenas varejistas que fazem uso do 3P devem gostar das novidades, como gostam as de livros. “Isso traz tráfego, aumenta o catálogo, traz mais fluxo”, diz.
“Sempre que chegamos a um novo país, temos vários novos desafios”, diz Mazini. No Brasil, o oferecimento de boleto para o pagamento e o parcelamento estão entre os itens já endereçados. Outro deles, a logística, começa a encorpar também agora.
Para organizar as vendas e entregas da frente de venda direta, a Amazon investiu em um Centro de Distribuição (CD) próprio de 47 mil metros quadrados, o equivalente a 10 campos de futebol, na cidade de Cajamar na Grande São Paulo. A cidade é estratégica ao permitir fácil acesso ao maior mercado consumidor do país. Não à toa, possui CDs de outras varejistas, como Assaí, Fast Shop, Marabraz, Zara e Natura.
A planta utiliza toda a tecnologia mundialmente famosa da empresa para otimizar empacotamentos e entregas. Mazini explica que a organização das prateleiras não respeita categorias ou outros sistemas comuns de disposição. As mercadorias são colocadas aleatoriamente nos corredores, e um sistema automatizado mostra aos funcionários onde encontra-las conforme a necessidade.
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