A carne de tartaruga da Amazônia volta a ser uma iguaria nos restaurantes e vai se transformando em produto de exportação.
De animal ameaçado de extinção no passado, a tartaruga da Amazônia passou a significar uma excelente oportunidade de negócio. O animal chegou a figurar na lista dos ameaçados de extinção por muito tempo, mas desde 1993 está fora da lista oficial do Ibama.
Agora, criadouros legalizados, com estoques prontos para o abate, começam a se abrir para um mercado antes visto com desconfiança. Os primeiros criadouros de tartaruga surgiram no início da década de 90. Hoje, já são 70 só no Amazonas.
Os criadouros seguem normas técnicas e passam por inspeções de rotina. O animal leva o lacre do Ibama e o certificado do proprietário. Quem foge das regras se arrisca a sair do mercado.
"Pode perder a licença, pode ter o animal apreendido e aplicação de multa", alerta um representante do Ibama.
Restaurantes e chefes de cozinha de Manaus licenciados apostaram no sabor inovador para conquistar novos clientes. Um deles precisou aumentar em até três vezes o pedido por tartarugas.
A variedade de pratos seduz o cliente: picadinho, guisado e sarapatel são alguns dos mais requisitados.
Segundo pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), a tartaruga tem quase o dobro de proteína da carne bovina.