A direção do Banco do Brasil está estudando estratégias para evitar que, em no máximo dois anos, o BB perca a liderança. O banco vive um momento crucial para se manter como a maior instituição financeira do país, posição que ocupa desde sua criação, em 1808.
Para o governo, o primeiro lugar é estratégico: garante musculatura para manter tarifas e juros mais baixos, ditando o ritmo do mercado financeiro, como um regulador informal. Além disso, é considerado politicamente fundamental para um governo que não esconde a preferência pela presença estatal na economia. Perder o posto seria um desastre para a atual administração petista e munição poderosa nas próximas eleições.
Para analistas do mercado e a equipe econômica do governo, a possibilidade de o banco perder a liderança está se tornando cada vez mais real. Bradesco e Itaú, dois gigantes que somam quase R$ 550 bilhões em ativos, apresentam taxas de crescimento maiores e estão bem perto de atropelar o BB. Isso tudo porque, enquanto os bancos privados crescem com a aquisição de concorrentes, a instituição, por ser pública, está impedida de ir às compras.