A América do Sul e América Central, inlcuindo o Caribe, foram as zonas do mundo onde mais aumentaram as exportações de serviços comerciais em 2005, com avanço de 20% em relação ao ano anterior, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
O crescimento, muito superior à média mundial de 11%, foi impulsionado principalmente pelo Brasil, onde as exportações cresceram 28%, ritmo superado apenas por outras economias emergentes, como a China (31%).
O forte crescimento brasileiro também fez com que a venda ao exterior nos países do Mercosul aumentasse 25% durante o ano passado.
De acordo com os dados incluídos no último informe da OMC sobre comércio mundial em 2005, o avanço das exportações de mercadorias na região também foi um dos mais fortes do mundo, atingindo 18,5%.
A organização atribui os fortes aumentos ao "vigoroso" crescimento econômico da região, que em 2005 atingiu 4,9%, à evolução favorável dos preços dos produtos básicos e ao avanço dos tipos de câmbio.
Esses avanços propiciaram, por exemplo, que o Brasil passasse a ocupar o 23º posto na lista de países mais exportadores de mercadorias do mundo.
O México, incluindo a região da América do Norte, encontra-se no 13º posto da lista, liderada pela Alemanha, EUA, China, Japão e França.
No geral, os intercâmbios comerciais (em ambos os sentidos) da América do Sul e Central com o estrangeiro foram os que mais cresceram na comparação com outras regiões do mundo, salvo as importações dos países da Comunidade dos Estados Independentes.
Na média, as importações de mercadorias cresceram em todo o mundo 13%, 5,5 pontos a menos que na região e oito pontos menos que o avanço mundial de 2004.
O aspecto negativo dos dados recolhidos no informe da OMC baseia-se na comparação entre 2005 e 2004, já que se observa uma retomada generalizada da economia e dos intercâmbios comerciais.
Assim, o ritmo de crescimento das exportações de mercadorias passou de 12,5% em 2004 para 10%, em 2005. O das importações passaram de 18,5% para 14%.
Para este ano, a OMC calcula que as economias da América do Sul e Central crescerão entre 4% e 5%, manutenção do ritmo avançado em 2005.