A American Airlines e as parceiras da aliança Oneworld, British Airways e Iberia, enfrentam novos obstáculos antitruste da União Europeia, conforme buscam estender um acordo para incluir preços e horários coordenados.
As companhias aéreas planejam aprofundar o pacto para aproveitar o acordo "Open Skies" entre os Estados Unidos e a União Europeia, com o foco nas rotas entre EUA, México, Canadá UE, Noruega e Suíça. Contudo, reguladores da UE disseram que o plano pode violar regras de preservação da competitividade.
As parcerias são vistas como uma alternativa lucrativa no lugar de fusões e investimentos de larga escala. As três companhias aéreas solicitaram imunidade antitruste ao governo norte-americano para o pacto transatlântico.
A Comissão Europeia, que abriu um inquérito tanto para a Oneworld como para a Star Alliance em abril, esta última incluindo Air Canada, Continental Airlines, Lufthansa e United Airlines, disse ter enviado uma notificação aos três membros da Oneworld.
A comissão pode estar preocupada que a aliança possa monopolizar certas rotas e levar a menos voos para alguns destinos, informou o advogado da Allen & Overy, Martin Bechtold.
"O que acontece nessas parcerias é que os membros decidem atender a destinos conjuntamente, por exemplo, oferecendo um voo em vez de três. O argumento deles seria que isso não é restritivo e cria eficiências", disse ele.
A Iberia informou nesta sexta-feira que está pronta para cooperar com a Comissão Europeia e que busca encontrar soluções.
A companhia aérea rival Virgin Atlantic, por sua vez, afirmou que as preocupações com a competitividade são justificadas.
A comissão, organismo de vigilância da União Europeia, disse que a investigação sobre a Star Alliance também prossegue.
A indústria aérea deve registrar prejuízo de 11 bilhões de dólares em 2009, com a fraca demanda de passageiros e por transporte de carga prejudicando a receita, de acordo com a Iata, associação internacional que representa o setor.