A Venezuela enriquece o Mercosul e o Brasil espera que o país vizinho não desista de aderir ao bloco, afirmou nesta segunda-feira o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

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Ele acrescentou não ver pressão nas declarações recentes do presidente Hugo Chávez de que a Venezuela poderia retirar seu pedido de adesão ao Mercosul se persistirem pressões de alguns setores "de direita" do Brasil e do Paraguai.

"Espero que isso não ocorra", afirmou Amorim a jornalistas ao ser questionado sobre as afirmações de Chávez.

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"Espero que as condições se preencham para que rapidamente possa se concluir esse processo (de adesão da Venezuela ao Mercosul)", acrescentou.

O ministro destacou, ainda, que "a diversidade de opiniões é uma riqueza que é boa para o Mercosul". Chávez não compareceu a uma cúpula do Mercosul em Assunção, na última semana e, em entrevista a um canal de TV venezuelano no último sábado, afirmou não estar "desesperado para ingressar no Mercosul" e que seria capaz de "retirar o pedido de ingresso" ao bloco.

Sobre a rodada de Doha para a liberalização comercial mundial, Amorim afirmou que todos os envolvidos têm consciência da importância de se concluir as negociações, mas que o mundo não pode desperdiçar a oportunidade de reduzir os subsídios agrícolas e ampliar o acesso a mercados de países ricos.

"Não podemos neste momento nos conformar com um resultado que não seja efetivamente ambicioso sob este aspecto."

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