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O chanceler brasileiro, Celso Amorim, e ministros do Comércio de vários países mostraram ceticismo neste sábado sobre as perspectivas de concluir neste ano as paralisadas negociações sobre a liberalização do comércio mundial, com alguns deles culpando os Estados Unidos pela lentidão.

Ministros das 20 maiores economias do mundo conversaram informalmente durante o Fórum Econômico Mundial, realizado anualmente na estação de esqui suíça de Davos, mas Washington mandou apenas um vice-embaixador e nenhum representante político.

"Gostaríamos de ver a Rodada (de Doha) completada o mais rápido possível, mas, para isso, todos terão de estar presentes", afirmou a comissária de Comércio da União Europeia, Benita Ferrero-Waldner.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, disse a repórteres: "Não podemos esperar mais do que isso, porque, claro, um dos principais parceiros não está representado em nível ministerial."

Líderes do grupo do G20, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, estipularam em Pittsburgh, em setembro passado, uma meta de finalizar as negociações da Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2010.

Mas houve escassos progressos desde então, e muitos participantes dizem que a política interna, o impacto da crise financeira e o alto desemprego nos Estados Unidos e Europa tornaram as chances de um acordo próximo ainda mais remotas.

"Todas as indicações são de que esse é um assunto incrivelmente polêmico no Congresso norte-americano e não creio que eles já definiram uma abordagem sustentável para concluir a rodada", afirmou o ministro do Comércio da África do Sul, Rob Davies, na sexta-feira.

Davies citou as eleições parlamentares dos EUA e a eleição presidencial no Brasil entre os obstáculos políticos.

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