A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou a suspensão de voos com o Boeing 737 Max 8 no Brasil. Na segunda, a Gol – única empresa do Brasil a operar o modelo – anunciou por liberalidade que suspenderia temporariamente os voos com sete aviões que ela possui e que são usados em frequências para os Estados Unidos, o Caribe e a América do Sul.
A decisão se segue à sequência de dois acidentes com o modelo nos últimos cinco meses. O primeiro foi na Indonésia, em 29 de outubro; o segundo na Etiópia, no domingo.
A GOL pretende usar o avião como a espinha dorsal de sua frota, tornando-se a maior operadora do modelo na América Latina. Uma das apostas da empresa é utilizá-lo para ganhar mais eficiência: o modelo consome 15% menos combustível por assento-quilômetro ofertado em relação aos 737 NG - e ampliar a presença internacional.
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O modelo não é só relevante para a GOL, mas também para a indústria da aviação comercial, destaca Arthur Siqueira, da GEO Capital. Segundo ele, dois terços da demanda mundial de aviões comerciais é do tipo narrowbody (fuselagem estreita), como esses modelos da Boeing. “E eles disputarão espaço com a Airbus.”
Governos e companhias aéreas no mundo inteiro estão impedindo voos utilizando esse modelo de aeronave. Entre eles, estão Estados Unidos, União Europeia, China, Indonésia, Malásia e Hong Kong.
Ambas as quedas estão em investigação e não há comprovação de uma relação entre elas. Ainda assim, a própria Boeing já se comprometeu a atualizar o software dessa aeronave depois de pelo menos 5 reclamações formais sobre problemas no piloto automático.
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