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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou à Reuters nesta segunda-feira que 559 passageiros da Varig tiveram seus vôos para Nova York, México, Miami e Santiago cancelados no fim de semana, sendo realocados para hotéis ou outras companhias aéreas.

Segundo a Anac, um vôo para Belo Horizonte também foi cancelado e os passageiros transferidos para a concorrente Gol. "Outros dois para o Sul do país também foram cancelados, mas por causa do mau tempo", disse a assessoria da agência.

A Anac informou que o cancelamento de vôos não é passível de punição pela agência, que tem por obrigação apenas checar se os passageiros foram realocados para hotéis ou para outros vôos.

- Não houve problemas nesses cancelamentos, ou seja, todos os passageiros foram atendidos pela empresa - afirmou a assessora.

No mercado doméstico, o atraso na entrega de quatro aeronaves que estavam em manutenção e o mau tempo também provocaram cancelamento de vôos, segundo a própria Varig, que não confirmou, no entanto, os cancelamentos de vôos internacionais e nem o de Belo Horizonte.

- Tivemos problemas na ponte-aérea (Rio-São Paulo) agora de manhã (segunda-feira), mas a partir das 10h vai normalizar. De manhã foram quatro vôos cancelados por demora de documentação da entrega de aviões pela manutenção - informou um assessor de imprensa da Varig.

Segundo ele, no final de semana apenas outro vôo, ligando Rio/Recife/Aracaju/Salvador parou pelo mau tempo.

- Não tivemos nenhum cancelamento internacional - afirmou o assessor contradizendo as informações da Anac.

A Varig tem uma frota de 60 aeronaves e 46 estão em condições de voar. Na semana passada, a Justiça de Nova York concedeu o arresto de sete aeronaves da Boeing - 5 MD11 e 2 777 - a partir desta terça-feira, mesmo dia em que será julgado pela Justiça norte-americana o pedido de arresto de quase toda a frota da empresa.

Nesta segunda-feira, o juiz Luiz Roberto Ayoub, que cuida da recuperação judicial da companhia, anuncia se aceita a única proposta feita no leilão da companhia, na última quinta-feira, por um consórcio liderado pelos trabalhadores da empresa.

Se a proposta de R$ 1 bilhão não for aceita, a falência da companhia poderá ser decretada.

A Anac não quis se pronunciar sobre a hipótese de falência da empresa antes da decisão da Justiça, mas transferiu para o Rio de Janeiro a sua reunião de diretoria desta segunda-feira para acompanhar de perto o desfecho da decisão judicial.

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