Analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) pioraram mais uma vez previsão para o desempenho da economia em 2016 e 2017. Para este ano, a perspectiva é de um recuo de 3,60%, enquanto no ano seguinte a expansão deve ser de 0,44%. O relatório Focus reduziu pela segunda semana seguida a projeção para a inflação (7,43%), que, no entanto, continua acima do teto de 6,5%.
A piora da previsão para o PIB deste ano foi a nona seguida. Em vez de queda de 3,54%, os analistas agora esperam uma baixa de 3,60%. Para 2017, a projeção é de leve recuperação da economia: mas o 0,50% da semana passada desacelerou para 0,44% na pesquisa divulgada nesta segunda-feira.
Os analistas reduziram a projeção para a inflação deste ano. O IPCA deve ficar em 7,43%. Na semana anterior, a expectativa era de que o índice oficial fechasse 2016 em 7,46%. O alívio, porém, ainda é muito discreto e mantém a taxa bem longe do centro da meta do BC, que é de 4,5%, e acima do teto, de 6,5%. Se isso se confirmar, será o segundo ano consecutivo em que inflação ficará acima do limite estabelecido pela autarquia.
Em relação a 2017, os analistas mantêm a expectativa em 6% há seis semanas. Caso o IPCA fica de fato neste patamar, encerrará o ano que vem exatamente no teto da meta do BC, que para o ano que vem estabeleceu uma meta de 4,5% com variação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Já o cenário político, com o aumento da pressão pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, parece ter refletido nas previsões para a cotação do dólar. O Focus reduziu em R$ 0,05 a cotação esperada para a divisa no fim deste ano: R$ 4,20. Foi a quinta diminuição seguida. Para o ano que vem, os analistas reduziram pela segunda vez seguida a cotação, passando de R$ 4,34 para R$ 4,30.
A taxa básica de juros foi mantida. Para este ano, a Selic se mantém em 14,25% ao ano há sete semanas. Este é o atual patamar dos juros básicos. Em 2017, apostam os analistas há três semanas, a Selic chegará ao fim do ano em 12,50%.
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