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Telecomunicações

Anatel alerta teles sobre superoferta de serviços 3G

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) renovou nesta quinta-feira (3) o alerta feito para as operadoras de telefonia celular de que só liberará o lançamento de planos mais agressivos de acesso à banda larga móvel se as empresas comprovarem, periodicamente, que a expansão nas redes é suficiente para atender à demanda. Técnicos da Superintendência de Serviços Privados da Anatel se reuniram nesta quinta com técnicos das empresas para acompanhar a evolução da oferta de serviços, principalmente os de terceira geração (3G).

"Alertamos as empresas para que não soltem planos mirabolantes, cuja rede não suporte o tráfego", disse o gerente-geral de Comunicações Pessoais Terrestres da Anatel, Nelson Takayanagi. A reunião desta quinta foi a sétima de uma série de encontros periódicos entre agência e empresas, iniciados em abril deste ano.

O superintendente de Serviços Privados da Anatel, Jarbas Valente, explicou que os principais objetivos desse acompanhamento periódico são de garantir o atendimento com qualidade e evitar falhas no sistema. "Estamos fazendo isso para não degradar a qualidade, mas não estamos nem pensando na possibilidade de um 'caladão'", disse Valente.

As medidas preventivas começaram a ser adotadas pelas Anatel em abril, quando a agência percebeu que estava havendo, desde o início do ano, um aumento significativo nas vendas de celulares e de modens para acesso à internet de banda larga. Em outubro, por exemplo, esse segmento cresceu 20% em relação ao mês anterior, chegando a 7,9 milhões de acessos. A previsão de Valente é que o País feche 2009 com mais de 10 milhões de assinantes de banda larga móvel.

Também superou as expectativas da Anatel o uso da internet pelo brasileiro, que baixa mais conteúdo que a média internacional. A Anatel avaliou ainda que os serviços de banda larga pela telefonia celular tiveram uma maior procura porque há uma demanda reprimida no País, já que o número de assinantes da banda larga fixa é de 13,5 milhões, bem abaixo dos padrões internacionais.

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