A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu adiar até o fim do mês o prazo para que as distribuidoras de energia paguem as usinas geradoras. Assim, a conta de R$ 1,322 bilhão que corresponde ao gasto dessas empresas em maio - e que teria de ser paga esta semana - ficará para o dia 31 de julho.
"Claro que os credores tinham expectativa de receber isso agora. Mas, ainda que não seja a alternativa adequada, essa é a menos ruim", disse o diretor-geral da agência, Romeu Rufino. Segundo ele, a manutenção da data para o pagamento poderia resultar em um "alto nível de inadimplência".
"Sabidamente elas [as distribuidoras de energia] não têm margem na geração de caixa que permita assimilar uma diferença nesse patamar", afirmou.
A Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia) chegou a sugerir que o governo realizasse um reajuste extraordinário das tarifas, para que o problema fosse resolvido definitivamente. A agência, entretanto, não chegou a discutir esta solução na reunião desta quarta.
Histórico
Desde o início do ano as distribuidoras, que atendem diretamente ao consumidor, pedem socorro ao governo para conseguir fazer frente aos gastos com compra de energia. Isso ocorre porque a maioria dessas empresas não garantiu contratos com usinas geradoras para suprir integralmente a demanda de seus consumidores. Assim, essas empresas são obrigadas a contratar mais energia no mercado de curto prazo.
Esse modo de operação eleva os custos das distribuidoras já que, nesse mercado, o preço da energia é mais alto. Este ano, inclusive, o valor da energia no mercado livre atingiu o patamar recorde, de R$ 822, após a forte seca do início do ano prejudicar o reabastecimento dos reservatórios das hidrelétricas e obrigar o uso maior de termelétricas.
O Ministério de Minas e Energia e o Ministério da Fazenda negam que estejam discutindo qualquer nova ajuda às distribuidoras.
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