Além de adiar para o dia 28 de novembro a data para a realização do leilão das linhas de transmissão do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, em Rondônia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promoveu nesta terça-feira algumas alterações nas regras para a escolha da tecnologia que será adotada para construção das linhas. Esse é o primeiro leilão de linha de transmissão em que os investidores terão de escolher se vão construir o linhão em corrente contínua ou em corrente híbrida (que mistura corrente contínua e corrente alternada).
A corrente contínua é uma espécie de "via expressa", própria para levar energia de um ponto a outro, percorrendo longas distâncias, com menos perdas. Já a chamada corrente alternada seria uma espécie de 'metrô', ou seja facilita a distribuição da energia ao longo do trajeto.
O presidente da Comissão Especial de Licitação da Aneel, Hélvio Guerra, explicou que no leilão os investidores vão, numa primeira fase, escolher qual tecnologia preferem e, na segunda fase, fazer os lances para arrematar os lotes propriamente ditos. Na versão anterior do edital, caso um dos lotes ficasse sem lances para uma determinada tecnologia, essa tecnologia ainda poderia ser adotada e aquele trecho permaneceria de fora do leilão. "Nesse caso, o trecho que ficou sem lances seria leiloado em outra oportunidade", explicou Guerra.
A nova modelagem impede que se avance para a segunda fase sem que todos os lotes tenham oferta. Assim, se uma das tecnologias tiver um lote sem oferta e a outra tiver todos os seus trechos com investidores interessados, vence a segunda tecnologia. Se, por outro lado, para as duas tecnologias houver algum lote sem nenhum lance, o leilão todo é suspenso.