O método para calcular os custos operacionais das distribuidoras de energia elétrica foi aprovado nesta terça-feira pelos diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O relator do processo, Romeu Rufino, disse que para calcular os custos operacionais médios das empresas, a Aneel levou em conta a inflação do período e a comparação da eficiência entre as empresas. Foi estabelecida uma eficiência média de 0,782%. Também foram fixados outros parâmetros: salários dos funcionários, que foi estabelecido levando em conta dados do Ministério do Trabalho; incidência de chuva na área da concessão; complexidade sócio-econômica; nível de perdas não-técnicas; e falhas no fornecimento de energia. Romeu Rufino disse ainda que os dados de custos operacionais são fornecidos pelas próprias empresas. Este é o Terceiro Ciclo de Revisão Tarifária das distribuidoras.
O diretor de Investimentos da Cemig, distribuidora de Minas Gerais, Luiz Fernando Rolla, disse que há uma grande "discrepância" entre os cálculos dos custos operacionais da Aneel e a realidade. Ele chamou a atenção que as empresas são diferentes e pediu maior transparência para conversar com a agência para discutir o assunto.
"A Cemig vai ter o equilíbrio econômico-financeiro rompido se for mantido este cálculo", disse ele.
O representante da Endesa, Emerson Rubim, que é controladora da Ampla, disse que os investimentos para combater as perdas não-técnicas (gatos) não foram considerados. Desde 1997, informou, a Ampla vem trabalhando neste tema e foram testadas todas as formas de combater os furtos de energia. Segundo ele, os investimentos em O&M para combater gatos não estão sendo considerados pela Aneel como em eficiência energética.
"Foram feitos muitos investimentos até 2002, mas os métodos tradicionais se mostraram pouco eficientes", contou.
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