A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (22) um reajuste médio de 2,46% na tarifa da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Para as residências, o reajuste será de 3,65%. O percentual será negativo para unidades atendidas pela Tarifa Social (consumo de até 80 quilowatts-hora por mês): -4,25%. Já o índice médio definido para as indústrias foi de 1,61%.
Os novos valores entrarão em vigor na próxima quinta-feira (24), após serem publicadas no Diário Oficial da União, e serão válidos pelos próximos 12 meses.
O índice definido pela Aneel, no entanto, será aplicado sobre a "tarifa cheia", ou seja, sobre o valor sem desconto, atualmente cobrado apenas dos consumidores que pagam suas contas de luz com atraso.
Há um ano, a empresa teve direito a um aumento médio de 13%. Por ordem do então governador Roberto Requião, a Copel passou a dar desconto aos consumidores com contas em dia, anulando o efeito do reajuste. Com o objetivo de fazer frente aos efeitos da crise internacional, a medida agradou aos consumidores, mas, por limitar lucros e dividendos da companhia, incomodou acionistas minoritários.
A direção da Copel informou que a definição sobre o quanto realmente será repassado ou não aos consumidores vai partir do governo estadual, comandado por Orlando Pessuti.
Interior
As novas tarifas de duas pequenas distribuidoras do Paraná também foram definidas nesta terça-feira. A Companhia Campolarguense de Energia (Cocel), de Campo Largo, na Grande Curitiba, queria aumento de 12,46%, mas a Aneel autorizou um reajuste de 2,95% para residências e 3,41% para indústrias. A Companhia Força e Luz do Oeste (CFLO), de Guarapuava (Centro-Sul), que em 2009 foi autorizada a elevou sua tarifa em 6,99%, terá um aumento de 4,97% para residências e 8,92% para indústrias. Os valores passam a valer a partir da próxima terça-feira (29).