A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs nesta terça-feira (19) uma redução média de 10,4% nas tarifas da Copel. Para consumidores conectados à alta tensão, que inclui a indústria, a queda seria de 8,81%, e para a baixa tensão, uma diminuição de 11,61%, com queda de 9,67% na tarifa dos consumidores residenciais. A empresa atende a 4,3 milhões de unidades consumidoras no Paraná.
O reajuste diz respeito à quarta revisão tarifária da companhia, processo feito de quatro em quatro anos que tem como objetivo garantir o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão.
De acordo com o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, o motivo da proposta de redução tarifária está relacionado a uma estratégia utilizada pela Copel em 2014. Naquele ano, o governo do Paraná, acionista majoritário da companhia, pediu autorização da agência para aplicar um reajuste menor do que o calculado pela Aneel. Com isso, na época, o aumento médio nas contas de luz da empresa caiu de 35,05% para 24,86%.
No ano seguinte, em 2015, a pedido da Copel, esse efeito financeiro foi repassado às tarifas, e o reajuste aprovado e integralmente aplicado foi de 15,32%, dos quais 11,84 pontos porcentuais estavam relacionados ao valor represado em 2014.
Segundo Rufino, ao longo dos últimos 12 meses, a tarifa dos consumidores da Copel, portanto, incorporou todo o reajuste do ano anterior, mais parte do valor represado de 2014. Agora, esse efeito finalmente será retirado das tarifas. “Essa retirada do efeito financeiro é o principal impacto tarifário no processo da Copel”, explicou Rufino.
O processo ficará aberto em audiência pública entre os dias 20 de abril e 19 de maio. Não haverá audiência pública presencial em Curitiba (PR) devido ao corte no orçamento da Aneel. Se aprovadas, as novas tarifas entram em vigor a partir de 24 de junho.