O governo encontrou uma "nova" fonte de recursos para melhorar as contas do setor elétrico, que neste ano deverão ter um rombo de ao menos R$ 12 bilhões, pelas estimativas oficiais. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem que o saldo gerado com a venda da chamada energia reserva possa ser usado para abatimento da dívida das distribuidoras.
As empresas estão com dificuldade de caixa porque, com os reservatórios mais baixos nas hidrelétricas, têm sido obrigadas a comprar energia mais cara, gerada por usinas térmicas, sem poder repassar esse custo extra para as tarifas. A solução encontrada pela Aneel foi causada, justamente, pelo preço muito alto da energia do mercado livre: neste ano, chegou a atingir pela primeira vez o preço máximo permitido, de R$ 822 por megawatt-hora.
Com isso, o fundo de energia reserva começou a gerar excedente, já que o valor pelo qual a geração foi contratada é bastante inferior ao preço atual de mercado. Já há um saldo nessa conta de aproximadamente R$ 300 milhões. Até o fim do ano, em um cenário conservador, esse saldo pode chegar a R$ 2,9 bilhões, segundo estimativa do governo.
De acordo com a decisão da Aneel, 79% do saldo disponível poderá servir para abatimento da dívida dessas distribuidoras.
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