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Pesquisa

Anefac apura alta nos juros para pessoa física em abril

As taxas de juros nas operações de crédito subiram em abril para pessoa física e interromperam quatro meses consecutivos de queda. No caso da pessoa jurídica, as taxas ficaram inalteradas. As informações são da Pesquisa Mensal de Juros da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), divulgada nesta quinta-feira, 9.

"Conforme já havíamos informado na pesquisa anterior, essas elevações podem ser atribuídas à elevação da taxa básica de juros (Selic), promovida pelo Banco Central (BC) em abril", de acordo com o coordenador de Estudos Econômicos da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira.

A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou alta de 0,03 ponto porcentual em abril, o que corresponde a uma elevação de 0,56% ao mês, passando de 5,40% ao mês - 87,97% ao ano - em março para 5,43% ao mês - 88,61% ao ano - em abril. A taxa é a maior desde dezembro.

Segundo o levantamento, das seis linhas de crédito pesquisadas, apenas a taxa de juros do cheque especial foi reduzida, ao passar de 7,72% ao mês - 144,09% ao ano - em março para 7,70% ao mês - 143,55% ao ano - em abril. O cartão de crédito rotativo manteve inalterada sua taxa de juros, em 9,37% ao mês - 192,94% ao ano.

Os demais indicadores apresentaram avanço: juros do comércio, alta de 2,50%, passando de 4,00% para 4,10% ao mês, a maior taxa desde novembro; CDC - financiamento de automóveis, avanço de 1 32%, de 1,52% para 1,54%, também a maior desde novembro; empréstimo pessoal de bancos, alta de 1,03%, de 2,91% para 2,94% a maior desde novembro; e empréstimo pessoal de financeiras, avanço de 0,44%, de 6,88% para 6,91%, a maior desde fevereiro.

Já a taxa de juros média geral para pessoa jurídica ficou estável em 3,06% ao mês - 43,58% ao ano e segue como a menor da série histórica, iniciada em 1999. Dos três indicadores analisados, o capital de giro teve redução de 0,67% em abril, passando de 1,49% para 1,48%, e o desconto de duplicata apresentou baixa de 2,25%, de 2,22% para 2,17%. Já a conta garantida subiu 1,47%, de 5,46% para 5,54%.

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