O Brasil deve subir para o quarto lugar no ranking mundial de vendas de veículos em 2010. Segundo Cledorvino Belini, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o País deve ficar à frente da Alemanha, mas atrás de China, Estados Unidos e Japão. O ranking de 2010, no entanto, ainda não foi fechado. Entre os maiores produtores, o Brasil deve ficar na sexta posição. "O ano de 2011, porém, ainda é uma incógnita, que depende do que vai acontecer na Europa", afirmou Belini.

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Segundo ele, as medidas de restrição ao crédito anunciadas pelo governo em dezembro ainda não surtiram efeito sobre as vendas de automóveis no País. "O setor está reagindo muito bem e um termômetro é o grande movimento nas lojas". Belini lembrou, no entanto, que as vendas devem cair em janeiro, na comparação com dezembro, mas ressaltou que a previsão se baseia em dados históricos. "A média histórica dos últimos 10 anos mostra uma queda de 27% nas vendas no primeiro mês do ano em relação a dezembro. Mas o que acontecerá neste ano só vamos saber ao certo ao final do mês", disse.

Câmbio

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As medidas para o câmbio anunciadas hoje pelo governo foram consideradas positivas pelo presidente da Anfavea, uma vez que devem ajudar a segurar a cotação do dólar no atual patamar. Ele ressaltou, no entanto, que elas não são suficientes para elevar a competitividade das exportações do setor.

Belini contou que o setor está preparando um estudo específico sobre o tema, que deverá ser entregue ao governo em breve. Ele admitiu que alguns pontos do estudo poderão ser conversados com o governo antes mesmo do documento estar concluído. "Poderá ser levado ao governo gradativamente", disse.

Belini lembrou que o setor automotivo responde por cerca de 23% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial brasileiro e que o diálogo com o governo tem sido constante. Paralelamente, destacou que as montadoras instaladas no País estão fazendo sua parte, com a busca de nichos específicos e novos mercados.

Além disso, destacou que o setor programa investimentos de US$ 11,2 bilhões para o País entre 2010 e 2012. Os recursos serão aplicados em desenvolvimento de novos produtos, tecnologia, melhora de processos e aumento de capacidade.

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