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Angola, Venezuela e República Dominicana receberam os maiores volumes do BNDES

Luciano Coutinho, presidente do BNDES: banco tornou público seus contratos nesta terça-feira (2) | Sergio Moraes/Reuters
Luciano Coutinho, presidente do BNDES: banco tornou público seus contratos nesta terça-feira (2) (Foto: Sergio Moraes/Reuters)

Angola é o país que recebeu o maior volume de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao exterior no período de 2007 a 2015, somando um total de US$ 3,38 bilhões, segundo dados divulgados nesta terça-feira (2) pelo banco. Pressionado por mais transparência, o BNDES tornou público na internet todos os contratos de exportação de serviços de engenharia a países entre 2007 e 2015, totalizando US$ 11,9 bilhões.

Os empréstimos a Angola variam de US$ 1,9 milhão a US$ 281 milhões para as construtoras Norberto Odebrecht (CNO), Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, além de um contrato para a Prado Valladares Agência de Cooperação e Desenvolvimento, para construção de aeroporto, estradas, projetos de saneamento, linhas de transmissão, moradias populares, usinas hidrelétricas, entre outras obras. As taxas variam de 2,79% ao ano a 7,97% ao ano e o prazo, em todos os casos, foi de 120 meses.

A Venezuela também se destacou, com um montante total de financiamentos de US$ 2,250 bilhões, em apenas quatro contratos – de US$ 219,3 milhões a US$ 865,4 milhões, dois para projetos tocados pela CNO, para a construção de linhas de metrô, e outros dois pela Andrade Gutierrez, para implantação de estaleiro e de usina siderúrgica. Assinados entre 2009 e 2011, os empréstimos têm juros entre 3,45% e 4,63% ao ano e prazo de 108 a 144 meses.

A República Dominicana foi destino de um volume pouco menor, US$ 2,209 bilhões, em 19 contratos, que variaram de US$ 10,165 milhões a US$ 656 milhões, a taxas de 3,42% a 8,61% e prazo de 120 a 144 meses.

Em número de financiamentos assinados, porém, a Argentina aparece no maior número de contratos: são 414, mas muitos com valores baixos, de menos de US$ 1 milhão, enquanto o maior é de US$ 165,022 milhões. Com isso, no total, os projetos do país receberam US$ 1,871 bilhão. As taxas variam de 3,32% a 7,75% e o prazo ficou entre 120 e 144 meses.

Já Cuba se destaca pelo prazo dos contratos. Os quatro financiamentos para o Porto de Muriel foram fechados com 300 meses para amortização, o que não se viu em nenhum outro empréstimo divulgado. No total, o BNDES emprestou US$ 846,9 milhões ao país, com taxas de 4,44% a 7,02% ao ano. Além do porto, também receberam recursos do banco estatal obras para um aeroporto e para uma fábrica de soluções parenterais e para hemodiálise.

Outros financiamentos

Outros países que receberam empréstimos do BNDES foram Costa Rica (US$ 44,233 milhões), Equador (US$ 227,3 milhões), Gana (US$ 215,8 milhões), Guatemala (US$ 280 milhões), Honduras (US$ 145 milhões) e Moçambique (US$ 445 milhões).

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