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Febre Aftosa

Animais poderão ser sacrificados na própria fazenda

Os 1.800 animais da Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira - Norte do Paraná, local onde o Ministério da Agricultura decretou foco de febre aftosa, serão enterrados dentro da propriedade em caso de sacrifício sanitário. A decisão sobre o futuro dos animais será submetida à aprovação do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa), em 11 de janeiro, mas já é dado como certo pela Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab).

A maioria das 35 entidades do Conesa já se declarou a favor do sacrifício, pois elas entendem que esta é a única forma de minimizar os prejuízos causados pela aftosa no estado, estimados em R$ 4,3 milhões/dia.

Sem risco de contaminaçãoO estudo preliminar de impacto ambiental, concluído pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e pela Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa), atesta que não há risco de contaminação do local.

Os técnicos do IAP e da Suderhsa estiveram na Cachoeira na sexta-feira (30), e concluíram que há na fazenda quatro locais onde os animais podem ser enterrados. A definição do local exato, ou dos locais, depende de um estudo geológico mais detalhado, que será elaborado pela Seab.

Para garantir que o abate não contamine as nascentes da propriedade, que usa a água na irrigação das plantações, será feita a impermeabilização da vala, ou valas, com argila ou lona plástica.

Outra conclusão importante do estudo de impacto ambiental é que os lençóis e as nascentes da fazenda não pertencem à bacia de captação da água que abastece os moradores de São Sebastião da Amoreira. Não há, portanto, o menor risco de contaminação da água do município. O laudo do IAP deve sair na próxima semana.

A Fazenda Cachoeira foi decretada foco de aftosa pelo Ministério em 06 de dezembro, condição até hoje contestada pelo proprietário e pelo governo do estado do Paraná. O estado, no entanto, admitiu a possibilidade do sacrifício depois que o Ministério descartou a possibilidade de voltar atrás da decisão do foco.

Se o Conesa aceitar o sacrifício o Paraná pode reconquistar o status de área livre de febre aftosa com vacinação em seis meses, caso contrário o status poderá demorar um ano e seis meses.

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