"A democracia e o jornalismo nascem juntos. O Brasil não tem uma democracia consolidada e o jornalismo é a ferramenta para mostrar isso." Essa é a visão de Fernão Lara Mesquita, compartilhada no 10º Congresso Brasileiro de Jornais, durante homenagem feita pela Associação Nacional dos Jornais (ANJ) à memória do pai dele, Ruy Mesquita 1925-2013), e de Roberto Civita (1936-2013), por dedicarem suas vidas à liberdade de imprensa.
"Meu pai e Roberto Civita eram homens que sabiam do papel do protagonismo da imprensa, não eram apenas amplificadores das ideias alheias", afirmou ele. Na opinião de Mesquita, o Brasil pensa que vive uma democracia, mas ainda faltam elementos para a consolidação do regime no país. Ele citou como exemplo a desigualdade dos cidadãos perante a justiça. "A função primordial da imprensa é investigar todas as pontas soltas da sociedade e mostrar a verdade passo a passo, sem adjetivos. Para isso, o país precisa entender que está doente e quem pode mostrar isso é o jornalismo.