Uma revisão realizada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) nos planos de desenvolvimento dos maiores campos de petróleo da Petrobras pode forçar a companhia a elevar a suas metas de produção, exigindo investimentos e mais extração de óleo no campo de Roncador, publicou um jornal nesta sexta-feira (18).
Segundo O Estado de S. Paulo, que citou duas fontes ligadas à ANP, é possível que a empresa tenha de elevar as projeções já em seu próximo plano de negócios, em meados do ano.
A ANP aprovou, com ressalvas, o plano de desenvolvimento apresentado pela Petrobras e exigiu mais investimentos em poços e plataformas no campo de Roncador, o primeiro de 11 megacampos que estão tendo as atividades revisadas, disse o jornal. O custo adicional pode ser superior a 1 bilhão de reais, "numa previsão conservadora".
A Petrobras afirmou, através de seu blog de informações, que "ainda não foi comunicada oficialmente sobre as determinações da ANP".
"A Petrobras vem desenvolvendo o campo de Roncador dentro das melhores práticas da indústria, utilizando as técnicas e estudos mais avançados, com vistas a obter o máximo de recuperação de petróleo e gás das jazidas que compõem a concessão."
A ANP deverá divulgar a revisão dos outros dez campos nos próximos meses, mantendo exigências de mais investimentos também nestas outras áreas, disseram as fontes à publicação. O objetivo da ANP seria reverter o declínio da produção em campos antigos. Procurada pela Reuters, a ANP não comentou imediatamente o assunto.
Em seu último relatório de produção, a Petrobras informou que a sua produção no Brasil atingiu 1,968 milhão de barris por dia em média em novembro, abaixo do verificado no mesmo mês de 2011, de 2,060 milhões de barris/dia.
A partir de outubro, a produção da estatal no Brasil registrou uma retomada, após a empresa sofrer com paradas não programadas de plataformas em 2012. Em setembro, a produção atingiu mínima de 1,84 milhão de barris, menor nível desde abril de 2008.
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