Entrave

Obra tem licença prévia desde maio, mas depende de nova estrada de acesso

O novo terminal em Pontal do Paraná já tem licenças ambientais prévias emitidas pelo Ibama, mas ainda depende da aprovação de um estudo de impacto ambiental para a duplicação da rodovia PR-412 para que tenha sua licença definitiva aprovada. O projeto está em fase de análise no Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

De acordo com o responsável pelo empreendimento, o empresário João Carlos Ribeiro, com a autorização da construção do terminal por parte da Antaq, o processo pode ser acelerado. "É algo que não depende mais de mim, mas o poder público está se mobilizando para que isso aconteça com agilidade", afirma. A expectativa é de que o relatório seja publicado em até 90 dias.

A duplicação da estrada também é vista como fundamental para que a futura capacidade do terminal seja aproveitada. "É um investimento logístico essencial para o destravamento do porto", explica.

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Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) aprovou na semana passada a construção do Terminal de Contêineres de Pontal do Paraná. A expectativa é de que, assim que finalizada a obra, o novo terminal dobre a movimentação de contêineres nos portos paranaenses. A resolução com a autorização deve ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias, após a liberação da Casa Civil.

De acordo com o responsável pelo terminal, o empresário João Carlos Ribeiro, o empreendimento vai receber investimentos de US$ 800 milhões (R$ 1,9 bilhão, pela cotação de sexta-feira) e deve começar a operar em um prazo de seis a oito anos, entre aprovação da licença ambiental de instalação e realização da obra.

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"Estamos estagnados em capacidade de operação há muitos anos. A autorização de um novo terminal pode impulsionar a economia paranaense", comemora Ribeiro. A estimativa é de que seja possível movimentar 1,4 milhão de unidades nos 650 mil metros quadrados do terminal.

Hoje o estado conta apenas com o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), operando no limite da sua capacidade, com movimentação de 1,5 milhão de TEUs (unidade de medida equivalente a contêineres de 20 pés) por ano.

Cais quilométrico

O cais do novo terminal deve ser um dos maiores do Brasil, com mil metros de extensão – alguns metros maior que o Tecon de Santos (SP), que tem 980 metros de cais e é o terminal que mais movimenta contêineres do Brasil, com 2,4 milhões de unidades por ano.

Além de liberar mais espaço em terra para operar os contêineres que chegam e saem do estado, a construção de um novo terminal no litoral se aproveita da boa topografia de Pontal do Paraná para esse tipo de operação. "O terreno é muito plano neste ponto do porto, característica fundamental para um terminal desse tipo", explica o empresário responsável pelo empreendimento. O calado também é ideal para a operação de grandes cargas de contêineres: a profundidade do mar naquele trecho chega a 20 metros.

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