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Não é raro um profissional chegar ao local de trabalho e sentir que não está fazendo a coisa certa, que a empresa onde atua não tem o foco certo, ou pior, que a atividade que exerce não é a dos seus sonhos. O resultado é uma baixa produtividade e uma grande infelicidade – que pode até resultar em doenças como estresse e depressão. Alguns resolvem pedir demissão, outros espalham currículos para tudo que é lugar. Mas nem sempre esta é a melhor maneira de resolver o problema. De acordo com especialistas em recursos humanos, o ideal para o profissional é procurar sua vocação.

"É impossível produzir com qualidade tendo desmotivação, por isso, antes de tudo, a pessoa precisa procurar a razão da desmotivação, se é a empresa, o trabalho ou a pressão da chefia", explica o professor de Gestão de Pessoas na Faculdades Curitiba, Gildo Erzinger, consultor em gestão de carreira. Segundo ele, a pessoa precisa cuidar de sua carreira como se fosse um negócio. Precisa descobrir o que gosta de fazer e não trabalhar só para cumprir suas obrigações. "Algumas vezes é a empresa que tem problemas. Outras é a pessoa. Neste caso, o jeito é procurar a ajuda de um terapeuta."

Para o consultor Paulo Araújo, o responsável pelo andamento da carreira é, em grande parte, o próprio profissional. "Então, nada de lamentações, mas sim, ações. Não espere que sua carreira decole graças a uma política econômica ou pela sorte de ter um chefe iluminado", orienta. "Crie e seja dono do seu próprio destino, tenha as rédeas de sua carreira." A dica de Araújo é ficar atento às opções feitas, para ver se elas estão trazendo benefícios e resultados. "É claro que existem coisas sobre as quais não temos controle e não podemos influenciar. Mas boa parte da carreira é resultado das escolhas que você fez no decorrer de sua vida."

Auto-avaliação

O consultor de empresas em gestão, Luciano Salamacha, lembra de um caso que teve que solucionar: uma empresa promoveu um profissional para gerente comercial, mas ele não agüentou a exigência e começou até a tomar remédios para continuar trabalhando. "Eu identifiquei que aquele cargo não era do perfil dele e indiquei que ele devia ir para a área de almoxarifado e controle de materiais, onde ele se revelou e agora está realizado."

Uma boa maneira para achar o caminho é fazer uma auto-avaliação crítica dos pontos fortes e fracos, para descobrir o que pode ser melhorado e o que o profissional pode oferecer às empresas como diferencial. A consultora em recursos humanos da Tradição, Talentos e Soluções, Cláudia Saad, trabalha há 15 anos com seleção de pessoas e recolocação no mercado de trabalho. Para ela, esta etapa é imprescindível para se preparar para uma troca de emprego ou área. "Assim a pessoa descobre o que o mercado exige e qual é o seu potencial." Cláudia montou um teste para quem quer saber quais são suas habilidades.

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