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Ao menos no discurso, todos querem a Grécia

Sintoma de recessão: restaurante vazio no centro de Madri, um dos países mais afetados pela crise econômica | Susana Veras/Reuters
Sintoma de recessão: restaurante vazio no centro de Madri, um dos países mais afetados pela crise econômica (Foto: Susana Veras/Reuters)

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Declarações de dois líderes europeus assinalaram que o bloco continua esperando que a Grécia vença sua crise política e mantenha o euro como moeda nacional. A retirada do país da eurozona é tema de debate no país e, com a dificuldade de os partidos locais em formar um novo governo, é uma possibilidade cada vez mais real.

O porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, disse em entrevista coletiva que o objetivo da Alemanha é estabilizar a Grécia dentro da zona do euro. "Esse tem sido o objetivo de nossas políticas desde o início", disse. Há, entretanto, uma condição: Atenas deve cumprir seus acordos com os credores internacionais. Tais acordos incluem cortes nos gastos do governo, que têm gerado protestos por parte da população grega.

Já o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, declarou que sua instituição deseja que a Grécia permaneça no euro. "Contudo, como o Tratado não prevê nada sobre uma saída, não é o BCE que decide", disse Draghi, em Frankfurt. Ele observou que a função do banco é manter a estabilidade dos preços à médio prazo, o que continuará fazendo independentemente do que aconteça. O BCE não deixou de defender a necessidade de preservar a zona do euro em sua forma atual, com 17 países, alertando sobre os efeitos não tangíveis que seriam gerados pela saída de um de seus membros.

CâmbioFluxo financeiro aponta saída líquida de US$ 2 bilhões

O dólar fechou ontem acima de R$ 2 pela segunda sessão seguida. A cotação de encerramento foi de R$ 2,0015, a mesma da terça-feira. O movimento acompanhou o mercado externo, influenciado pelas incertezas em relação à Grécia. Operadores acreditam que a moeda pode continuar nessa faixa caso se mantenha a maior aversão ao risco.

Um indício dessa tendência está nos dados sobre entrada e saída de recursos do país. Nos 11 primeiros dias úteis deste mês, o fluxo cambial ficou negativo em US$ 639 milhões, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados ontem. Somente do mercado financeiro brasileiro, as retiradas ultrapassaram os ingressos em US$ 2,4 bilhões. Parte desse rombo foi coberto pelos dólares que chegaram no país por causa das exportações. Os fluxos negativos contribuem para a alta da cotação da moeda americana.

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