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Aos 50 anos, Livrarias Curitiba investe em expansão

Pedri, filho do fundador da Livrarias Curitiba, diz que a empresa teve seu melhor ano em 2012, vendendo 5,2 milhões de exemplares | Henry Milléo/Gazeta do Povo
Pedri, filho do fundador da Livrarias Curitiba, diz que a empresa teve seu melhor ano em 2012, vendendo 5,2 milhões de exemplares (Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo)

De tempos em tempos, fundos de investidores costumam bater à porta da Livrarias Curitiba propondo parcerias ou aquisição. Mas a resposta da família que controla a rede de lojas tem sido, pelo menos até agora, negativa. "Não nos interessa. Queremos continuar como estamos e com o que está dando certo", diz Marcos Pedri, filho do fundador e atual diretor comercial da rede, que tem 21 lojas no Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Aparentemente ele tem motivos para isso. Prestes a completar 50 anos em novembro, o grupo teve em 2012 o melhor ano da sua história, com avanço de 20% nas vendas de livros. Mesmo com o desembarque por aqui de concorrentes de peso, como Saraiva, Fnac e Cultura nos últimos anos, a rede detém cerca de 50% do mercado no Paraná. O lucro, não revelado, aumentou 54%, de acordo com ele.

Em 2012, a rede vendeu 5,2 milhões de exemplares no atacado e no varejo, embalados pelo sucesso da trilogia erótica Cinquenta Tons de Cinza. Somente dos livros de E.L. James foram comercializadas mais de 80 mil unidades nas lojas da rede, enquanto a média nacional de vendas de um best seller gira em torno de 30 mil exemplares. O segundo lugar ficou com Nada a Perder, do bispo Edir Macedo, com mais de 25 mil livros vendidos.

Para 2013, o volume esperado é de 5,7 milhões de livros. Para manter o ritmo, o grupo está investindo R$ 30 milhões – R$ 10 milhões na abertura de duas novas lojas e mais entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões na construção de um centro de distribuição de 10 mil metros quadrados e uma nova sede administrativa, que devem ficar prontos em 2014. No início do mês um incêndio destruiu um barracão de mil metros quadrados da empresa no bairro Hauer que tinha 791 mil livros, a maioria publicações infantis importadas. "Tínhamos seguro, mas a ideia agora é centralizar tudo no novo centro de distribuição", diz.

O crescimento das vendas de livros no Brasil vem surpreendendo até mesmo as editoras. Enquanto nos Estados Unidos as grandes livrarias fecham as portas, no Brasil o cenário é de expansão, mesmo com o avanço dos leitores de livros digitais. "O setor está atrasado. O volume de livrarias ainda é pequeno se comparado a outros segmentos do varejo, como farmácias e lojas de eletroeletrônicos. E as pessoas, com o aumento da renda, do ritmo de lançamentos do mercado e das informações na internet, estão comprando mais", diz.

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