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O Brasil tem enfrentado uma série de episódios de apagões ao longo dos anos, sendo o último nesta terça (15) que deixou 25 estados e o Distrito Federal sem luz na hora do rush, afetando o trânsito e o transporte de passageiros em todo o país no horário de entrada do trabalho.
Esses eventos, caracterizados pela interrupção total ou parcial do fornecimento de energia elétrica segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), costumam afetar diversas regiões do país por causa da interligação do sistema de distribuição e têm causas variadas.
Dos nove grandes apagões registrados no Brasil, cinco ocorreram nos governos de presidentes do PT, incluindo o desta semana. Veja abaixo quais foram as interrupções que mais provocaram impactos na economia e no dia a dia dos brasileiros:
1999
Durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o país sofreu uma queda de energia em escala nacional e atingiu 10 estados e o Distrito Federal. Cerca de 76 milhões de pessoas, representando 47% da população da época, foram afetadas.
2001
Também sob governo FHC, a “crise do apagão” ocorreu devido a mudanças climáticas repentinas, com impacto sentido até fevereiro de 2002. A falta de chuvas, crucial para as usinas hidroelétricas, foi a principal causa dessa interrupção, prejudicando residências, comércios e indústrias.
2009
Já sob o governo petista, de Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil enfrentou sua primeira crise energética. Uma falha em linhas de transmissão da Usina de Itaipu resultou na queda brusca de energia, deixando quase 90 milhões de brasileiros sem eletricidade. Além do Brasil, parte do Paraguai também ficou às escuras.
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2011
O primeiro governo de Dilma Rousseff (PT) teve três apagões, sendo o primeiro uma falha em uma linha de transmissão em Pernambuco que deixou o Nordeste às escuras à noite. A falta de energia afetou o comércio, o aeroporto de Natal, o Polo Petroquímico de Camaçari e o fornecimento de água em diversas regiões.
2012
O segundo apagão afetou estados das regiões Norte e Nordeste, além de partes de Goiás e o Distrito Federal, afetando milhões de pessoas. A causa foi um curto-circuito em uma subestação controlada pela concessionária Taesa, no Tocantins.
2014
O terceiro apagão do governo Dilma atingiu 11 estados de quatro regiões do país por conta de mais um curto-circuito em uma linha de transmissão no Tocantins. Pelo menos 12 milhões de pessoas foram afetadas.
2018
Durante a gestão de Michel Temer (MDB), o Norte e o Nordeste ficaram sem energia devido a uma falha na subestação Xingu, interrompendo o fornecimento para cerca de 80 milhões de pessoas.
2020
No governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o Amapá enfrentou um grave apagão de 21 dias após um incêndio em um transformador. Treze dos 16 municípios do estado foram atingidos pelo blecaute, afetando 800 mil pessoas.
2023
De volta sob o governo Lula, o apagão desta terça (15) deixou 25 estados e o DF sem luz por seis horas até o restabelecimento total. As causas ainda são investigadas, mas o vice-presidente Geraldo Alckmin adiantou, pela manhã, que houve uma falha em uma subestação da cidade de Imperatriz (MA).